ECONOMIA

min de leitura

S&P eleva nota da dívida do Brasil pela primeira vez em 12 anos

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil (via Agência Brasil)

| Edição de 19 de dezembro de 2023 | Atualizado em 19 de dezembro de 2023

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Pela primeira vez em 12 anos, a agência de classificação de riscos Standard Poor’s (SP) elevou a nota da dívida soberana brasileira. O país saiu da nota BB-, três níveis abaixo do grau de investimento, para a nota BB, dois níveis abaixo. A SP concedeu perspectiva estável, o que não indica alterações nos próximos meses.

A última vez em que a SP havia elevado a nota da dívida brasileira tinha sido em 2011, quando o Brasil passou da nota BBB- (grau de investimento, garantia de que o país não dará calote na dívida pública) para BBB (um nível acima do grau de investimento). Desde então, o país tinha sofrido sucessivos rebaixamentos, tendo perdido o grau de investimento em setembro de 2015.

Notícias relacionadas:

Desde junho deste ano, a SP tinha indicado que elevaria a classificação do país, ao

conceder perspectiva positiva

para a nota brasileira.

Em nota, a SP atribuiu a melhoria da nota brasileira à aprovação da reforma tributária, ocorrida na sexta-feira (15). Segundo a agência, a conclusão das discussões em torno da modernização do sistema tributário brasileiro amplia a trajetória de implementação de políticas pragmáticas no país nos últimos 7 anos.

A SP, no entanto, adverte que continuam riscos para a economia brasileira, como as perspectivas de fraco crescimento econômico e de situação fiscal “débil”, o que justificou a perspectiva estável para a nota do país. “Isso reflete nossas expectativas de que o país fará progresso lento em enfrentar desequilíbrios fiscais e projeções econômicas ainda fracas, compensadas por uma forte posição externa e uma política monetária que está ajudando a reancorar as expectativas de inflação”, destacou o comunicado.

Desde janeiro de 2018, a SP Global enquadrava o Brasil três níveis abaixo do grau de investimento, mesma nota concedida pela Fitch, outra das principais agências de classificação de risco. A Moody’s classifica o país dois níveis abaixo do grau de investimento.