O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que 35,9% das exportações brasileiras podem ser impactadas pelas medidas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos. Mesmo com cerca de 700 produtos fora da lista de taxação de 50% contra o Brasil, a preocupação é grande.
Durante participação no programa Mais Você, da Rede Globo, Alckmin afirmou que o governo está empenhado em mitigar os efeitos negativos para os setores afetados, com foco especial na preservação dos empregos.
Em uma carta enviada ao governo brasileiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que as exportações brasileiras seriam taxadas em 50% a partir de 1º de agosto. Contudo, o governo norte-americano decidiu postergar o início da taxação para o dia 6 de agosto e apresentou uma lista de exceções que inclui produtos como suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis.
Plano de Ação
Alckmin revelou que o governo já possui um plano de ação quase finalizado, visando a proteção dos empregos e da produção. Este plano ainda está sob análise, pois novos detalhes do tarifaço foram apresentados recentemente. O presidente Lula ainda precisa aprovar o plano, que terá impactos financeiros, creditícios e tributários, mas que visa não deixar ninguém desamparado.
O governo brasileiro está determinado a reduzir os 35,9% das exportações efetivamente atingidas pela tarifa de 50%. Além disso, buscará alternativas de mercado e apoiará setores necessitados, como o de pescado, mel e frutas.
Exploração de Novos Mercados
Alckmin enfatizou a importância de buscar novos mercados para evitar prejuízos aos produtores e garantir a continuidade da produção. Ele ressaltou que o Brasil representa apenas 2% do PIB mundial, o que significa que 98% do comércio está fora do país. O Mercosul, por exemplo, fechou recentemente acordos comerciais importantes com Singapura e está prestes a firmar um com a União Europeia.
Soberania e Relações Internacionais
Durante o programa, Alckmin também abordou a questão da soberania, destacando que o governo brasileiro considera inaceitável qualquer interferência externa nos assuntos internos do país. Ele mencionou que o presidente Lula se reuniu com ministros da suprema corte para reafirmar a separação entre os poderes no Brasil, em resposta à tentativa de interferência dos EUA.
O governo brasileiro continua em diálogo com autoridades norte-americanas e representantes de grandes empresas de tecnologia para resolver a situação de maneira diplomática.
Com informações da Agência Brasil