A receita líquida total de vendas da indústria de máquinas e equipamentos alcançou R$ 27,4 bilhões em maio, marcando um aumento de 12,2% em relação a abril e um expressivo crescimento de 26,3% comparado ao mesmo período do ano anterior. Esses dados foram divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
De acordo com a Abimaq, o desempenho de maio reflete uma melhora significativa no mercado interno, que movimentou R$ 21,8 bilhões. No entanto, as exportações não seguiram o mesmo ritmo, registrando uma queda de 5,9% em relação a maio de 2024, totalizando US$ 989 milhões. A associação atribui parte dessa retração ao declínio de 3,5% nos preços das máquinas e equipamentos no mercado internacional.
Desempenho das Importações e Capacidade Instalada
Por outro lado, as importações mantiveram uma trajetória de crescimento, com um aumento de 5,2% na comparação anual (maio de 2025 com maio de 2024) e 2,9% em relação ao mês anterior, atingindo quase US$ 2,7 bilhões. No acumulado de janeiro a maio deste ano, as importações somaram US$ 13,1 bilhões, um valor 10,3% superior ao mesmo período de 2024, estabelecendo um recorde histórico para o período.
O nível de utilização da capacidade instalada na indústria de máquinas e equipamentos subiu para 78,9%, cinco pontos percentuais acima do registrado em maio do ano passado. O setor de emprego também apresentou avanços, com 419 mil trabalhadores ocupados, um crescimento de 8,3% em relação a 2024.
“A continuidade da recuperação da demanda interna por máquinas e equipamentos reflete um cenário positivo, de resiliência das atividades manufatureiras, manutenção de obras em infraestrutura e melhor desempenho da agricultura, após um ano de severas intempéries climáticas. Contudo, o crescimento das importações e a perda de participação das exportações indicam um quadro preocupante de competitividade para o setor industrial brasileiro”, destaca a entidade.
Previsões para o Próximo Semestre
Para a Abimaq, os dados de maio revelam “um cenário de recuperação consistente do mercado interno, com aumento na receita líquida de vendas e no emprego, mas também destacam desequilíbrios preocupantes no comércio exterior, com queda nas exportações e aumento nas importações”.
Por essa razão, a associação mantém a previsão de uma “desaceleração intensa” no próximo semestre, devido aos efeitos cumulativos do aperto monetário e de um ambiente macroeconômico desafiador.
Com informações da Agência Brasil