Após encontrar um parceiro e acertar salários com o atacante Robinho, a diretoria do Santos não recebeu uma resposta do jogador no início desta semana e, por isso, ainda não concretizou o terceiro retorno do atleta ao clube. Alguns detalhes ainda restam para o acerto. O principal deles é que o ídolo santista quer uma espécie de garantia de salário para assinar contrato por uma temporada.
A desconfiança tem motivos. Em 2010, quando voltou ao Santos pela primeira vez, Robinho assinou um contrato semelhante, pois também dependia de parceiros para receber o ordenado. No entanto, os investidores não honraram com o compromisso mensal e o atleta foi embora para o Milan no prejuízo.
A dívida só foi paga quando Robinho voltou ao Santos, em 2014. Aliás, o pagamento da dívida de 2010 foi a exigência do jogador antes de acertar o seu segundo retorno ao clube paulista.
Vale lembrar que o Santos acumulou outra dívida com Robinho entre 2014 e 2015. Somente no primeiro semestre do ano passado, a diretoria santista pagou ao atleta uma dívida de mais de R$ 5 milhões ¬ somando direitos de imagem, premiações e salário registrado em carteira de trabalho.
Além da garantia de pagamento, Robinho pondera algumas ideias do investidor em relação ao marketing. Na Vila Belmiro, a cúpula alvinegra comenta que o jogador sempre foi problemático para cumprir ações de marketing. Segundo eles, em 2002, quando foi revelado pelo Santos, o atacante já reclamava dos compromissos extracampo.
Oficialmente, o Santos adota cautela com o assunto e estipula até quinze dias para assinar o contrato. Segundo apurado pela reportagem, o atacante fechou acordo para receber R$ 600 mil na Vila Belmiro, e o Santos já tem acordo com um parceiro para dividir igualmente os gastos e pagar apenas metade do valor ao atacante com verba dos cofres do clube.