O quinteto ofensivo que Tite levará a campo contra Gana, nesta sexta-feira, às 15h30, no penúltimo jogo de preparação da seleção brasileira antes da Copa do Mundo do Catar, vai funcionar caso haja equilíbrio. A avaliação é do treinador, que entende valer a pena correr riscos ao escalar Lucas Paquetá, Neymar, Raphinha, Vinicius Junior e Richarlison juntos.
“Equilíbrio. Toda vez que se foge desse patamar a gente corre risco”, afirmou Tite em entrevista coletiva ontem, antevéspera do duelo com os ganeses, em Le Havre, na França. A escalação é ofensiva porque Tite recuou Paquetá para fazer a função de segundo volante ao lado de Casemiro, abrindo espaço para escalar mais um atacante.
“O Paquetá é um segundo meio-campista que te traz um senso de criatividade, mas ao mesmo tempo ele te traz um lateral-direito que te dá um equilíbrio defensivo. Ela é criação e gol os nossos objetivo, mas é ter ao mesmo tempo consistência. Nesse equilíbrio a equipe está mais perto de vencer”, justificou o técnico.
Rotulado no passado de retranqueiro e conservador, Tite avisou que foi e é, na verdade, “faceirinho”, termo comumente usado no Rio Grande do Sul. Ser um técnico faceiro denota, para os gaúchos, privilegiar o futebol ofensivo até em casos menos recomendáveis.
“Sou faceirinho. Eu fui campeão gaúcho com o Caxias jogando no 4-3-3. Ganhando de 3 a 0 do Grêmio do Ronaldinho. Campeão com o Grêmio contra o Corinthians por 3 a 1. Campeão com o Corinthians batendo todos os recordes”, lembrou Tite, dando exemplos para sustentar seus argumentos.