A jovem atleta paralímpica Jardênia Félix, de apenas 21 anos, brilhou em São Paulo ao conquistar a melhor marca do salto em distância da classe T20 (deficiência intelectual) em 2025. Durante o Desafio Brasil de Atletismo, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, a potiguar alcançou 5,94 metros, superando a marca paralímpica anterior e destacando-se entre os 125 atletas paralímpicos e 191 olímpicos presentes.
O evento, promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), foi a última chance para os atletas garantirem índices para o Mundial da modalidade, que ocorrerá entre 26 de setembro e 5 de outubro em Nova Déli, na Índia. No entanto, mesmo aqueles que atingiram as marcas mínimas ainda aguardam a convocação oficial.
Desempenho e Expectativas
Apesar de sua conquista, Jardênia ainda não atingiu o índice A (principal) de 6,05 m estabelecido pelo CPB para a prova. Sua marca, no entanto, supera o recorde paralímpico da classe, anteriormente detido pela polonesa Karolina Kucharczyk, que saltou 5,82 m nos Jogos de Tóquio em 2021. Jardênia, que foi medalhista de ouro em Paris, ficou na quinta posição na capital francesa.
"Passei recentemente por momentos difíceis na vida pessoal. É uma explosão de felicidade. Com essa marca, estamos mais próximos de conseguir ir para o Mundial", declarou Jardênia ao site oficial do CPB.
Outros Destaques do Evento
Além de Jardênia, outros atletas também se destacaram. Henrique Caetano, paulista da classe T35 (paralisia cerebral), cravou 11s60 nos 100 m, superando o critério de 11s63. Já Edson Cavalcante, do Acre, na classe T37, atingiu 11s15, abaixo do índice necessário de 11s20.
No Desafio Brasil anterior, Bartolomeu Chaves, do Maranhão, e Clara Daniele, do Rio Grande do Norte, também garantiram suas vagas para Nova Déli. Chaves, campeão mundial e medalhista de prata em Paris, correu os 400 m da classe T37 em 50s16, enquanto Daniele concluiu os 100 m da classe T12 em 11s81.
Histórico de Sucesso
O último Mundial de Atletismo Paralímpico, realizado em Kobe, Japão, em 2024, viu o Brasil conquistar o segundo lugar no quadro de medalhas, com 19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes, totalizando 42 pódios. Essa foi a campanha mais bem-sucedida do país, superando a edição de Lyon, França, em 2013.
Com informações da Agência Brasil