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Avenida Brasil é interditada e carros são incendiados no Rio

(via Agência Brasil)

| Edição de 27 de novembro de 2025 | Atualizado em 27 de novembro de 2025

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As forças de segurança intensificaram, nesta quarta-feira (27), a Operação Barricada Zero, que já está em seu quarto dia de ações em diversas comunidades do Rio de Janeiro, incluindo o Complexo de Israel, na Cidade Alta, em Cordovil.

A operação começou ainda na madrugada, com as equipes da Polícia Militar fechando a Avenida Brasil por 40 minutos em ambos os sentidos. Essa medida foi tomada para impedir que integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) disparassem do alto da comunidade em direção aos ônibus urbanos, um incidente que já resultou na morte de um trabalhador em ocasiões anteriores.

Agora, a via expressa foi fechada preventivamente para permitir a entrada das forças de segurança no Complexo de Israel. A chegada das equipes da PM desencadeou uma troca de tiros com os traficantes, que também incendiaram barricadas e veículos para dificultar o avanço policial. Em resposta à situação, quatro unidades de saúde na região da Cidade Alta suspenderam temporariamente o atendimento ao público.

Tiros em ônibus

A área é controlada pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, que instrui seus subordinados a atirarem em ônibus como forma de desviar a atenção da polícia.

O coordenador da Operação Barricada Zero, Edu Guimarães, destacou em coletiva de imprensa que algumas comunidades já estão livres das barricadas. Ele enfatizou a importância do monitoramento contínuo por parte dos órgãos estaduais e municipais para garantir que as barricadas não sejam reinstaladas. Guimarães também incentivou a população a colaborar ativamente, utilizando o Disque Denúncia para reportar qualquer atividade suspeita.

Toneladas de obstáculos

Somente hoje, foram removidas 318 toneladas de materiais usados por criminosos para erguer barricadas em comunidades da zona norte do Rio e em municípios como São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Mesquita e Queimados.

Desde o início da operação, coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), foram retiradas 1.500 toneladas de obstáculos, enfraquecendo as organizações criminosas e liberando as vias para a população local.

Durante a manhã, criminosos tentaram obstruir a ação policial no bairro do Campinho, chegando a disparar contra os agentes. Na Cidade Alta, incendiaram pneus e outros objetos.

“Houve confrontos nas comunidades do Campinho e do Fubá, mas conseguimos estabilizar a situação e liberar a área para as equipes trabalharem. Adotamos protocolos de segurança na Cidade Alta, incluindo o fechamento preventivo da Avenida Brasil, para proteger e garantir a segurança das pessoas”, afirmou o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes.

Na região da Cidade Alta, oito veículos incendiados que estavam sendo usados como barricadas foram removidos. A PM prendeu dois criminosos que portavam fuzis.

Investigações

A Polícia Civil intensifica as investigações relacionadas à Operação Barricada Zero. Dois criminosos foram presos por atirarem contra um servidor da prefeitura que auxiliava na remoção de barricadas no Corte Oito, em Duque de Caxias, durante o segundo dia de operação, na terça-feira (25).

“Em menos de 24 horas, prendemos os dois homens envolvidos no disparo que atingiu o operador de retroescavadeira em uma comunidade de Duque de Caxias. A Polícia Civil continuará investigando todos os fatos relacionados à operação”, declarou o delegado Gabriel Ferrando, diretor do Departamento Geral de Polícia da Baixada Fluminense.



Com informações da Agência Brasil