Diante de líderes das Américas na manhã desta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se defendeu de acusações a respeito do desmatamento da Amazônia, disse estar “maravilhado” com o americano Joe Biden e reiterou as pautas ideológicas do bolsonarismo como defesa da família, dos militares e de liberdades de expressão e religiosa.
Criticado pela comunidade internacional durante os primeiros anos de seu mandato pelo afrouxamento dos controles de desmatamento e aumento nos índices de queimadas na Amazônia, Bolsonaro usou boa parte do discurso para falar da preservação da Floresta. “Somos um dos países que mais preserva o meio ambiente e suas florestas. Mesmo preservando 66% de nossa vegetação nativa e usando apenas 27% do nosso território para pecuária e agricultura, somos uma potência agrícola e sustentável. Não necessitamos da região amazônica para expandir nosso agronegócio”, afirmou.
Desde que Biden tomou posse, o governo brasileiro foi pressionado a mudar sua política ambiental e se comprometer com ações concretas para redução do desmatamento. Em abril do ano passado, Brasília fez uma inflexão na sua retórica ambiental durante a Cúpula Climática promovida por Biden e, desde então, os americanos têm elogiado nos bastidores o compromisso do governo brasileiro sobre o assunto.
“Os nossos desafios são proporcionais ao nosso tamanho. Lembro que a área da região amazônica equivale a toda Europa Ocidental”, justificou Bolsonaro, que afirmou que o Código Florestal deveria “servir de exemplo” a outros países.
Fã declarado do ex-presidente americano Donald Trump, Bolsonaro repetiu - desta vez em frente aos demais presidentes e diplomatas da região - que ficou “maravilhado” com Joe Biden. “A experiência de ontem (quinta, 9) como a de Biden foi simplesmente fantástica. Estou realmente maravilhado e acreditando em suas palavras e naquilo que foi tratado reservadamente”, disse. (ESTADAO CONTEÚDO)