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Censo revela quais são as 20 maiores favelas do país; veja a lista

Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil (via Agência Brasil)

| Edição de 08 de novembro de 2024 | Atualizado em 08 de novembro de 2024
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Com mais de 72 mil moradores, a comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, é a maior favela do país. A constatação faz parte de um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento demográfico identificou no país 16.390.815 habitantes em 12.348 favelas, distribuídas por 656 municípios.

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Os pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas localidades com características como insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta precária ou incompleta de serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupação de áreas com restrição ou de risco ambiental.

Se a Rocinha fosse uma cidade, os 72.021 moradores a colocariam como a 459ª maior do Brasil. Em 2022, o país tinha 5.570 municípios, ou seja, a Rocinha tinha mais habitantes que 5.112 cidades.

As 20 maiores favelas brasileiras agrupam 858,6 mil moradores, representando 5,2% do total da população residente em comunidades pelo país. Dessas mais populosas, oito estavam na região Norte; sete, no Sudeste; quatro no Nordeste; e uma no Centro-Oeste.

Veja a lista das 20 maiores em quantidade de moradores:

1) Rocinha - Rio de Janeiro (RJ), 72 021

2) Sol Nascente - Brasília (DF), 70 908

3) Paraisópolis - São Paulo (SP), 58 527

4) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento - Manaus (AM), 55 821

5) Rio das Pedras - Rio de Janeiro (RJ), 55 653

6) Heliópolis - São Paulo (SP), 55 583

7) Comunidade São Lucas - Manaus (AM), 53 674

8) Coroadinho - São Luís (MA), 51 050

9) Baixadas da Estrada Nova Jurunas - Belém (PA), 43 105

10) Beiru / Tancredo Neves - Salvador (BA), 38 871

11) Pernambués - Salvador (BA), 35 110

12) Zumbi dos Palmares/Nova Luz - Manaus (AM), 34 706

13) Santa Etelvina - Manaus (AM), 33 031

14) Baixadas da Condor - Belém (PA), 31 321

15) Colônia Terra Nova - Manaus (AM), 30 142

16) Jacarezinho - Rio de Janeiro (RJ), 29 766

17) Vila São Pedro - São Bernardo do Campo (SP), 28 466

18) Cidade Olímpica - São Luís (MA), 27 326

19) Chafik / Macuco - Mauá (SP), 26 835

20) Grande Vitória - Manaus (AM), 26 733

 

O G10 Bank, instituição financeira criada em Paraisópolis, favela da zona sul paulistana, vai abrir agências físicas em quatro estados. Foto: Espaço do Povo Paraisópolis
Paraisópolis, favela localizada na zona sul paulistana. Foto: Espaço do Povo Paraisópolis

Domicílios

O Censo também traz o ranking das 20 maiores favelas em número de domicílios particulares permanentes ocupados. Elas representam 5,3% do total de 295.009 domicílios nas comunidades espalhadas pelo país.

Novamente, a Rocinha lidera o ranking com mais que o triplo de domicílios da 20ª colocada (Colônia Terra Nova, Manaus). Apenas as paulistas Vila São Pedro, Chafik/Macuco e Jardim Oratório não estão localizadas em capitais.

Veja a lista das 20 maiores em quantidade de domicílios:

1) Rocinha - Rio de Janeiro (RJ), 30 371

2) Rio das Pedras - Rio de Janeiro (RJ), 23 846

3) Sol Nascente - Brasília (DF), 21 889

4) Paraisópolis - São Paulo (SP), 21 442

5) Heliópolis - São Paulo (SP), 20 205

6) Coroadinho - São Luís (MA), 16 741

7) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento - Manaus (AM), 15 872

8) Beiru / Tancredo Neves - Salvador (BA), 15 618

9) Comunidade São Lucas - Manaus (AM), 15 469

10) Pernambués - Salvador (BA), 14 649

11) Baixadas da Estrada Nova Jurunas - Belém (PA), 13 077

12) Jacarezinho - Rio de Janeiro (RJ), 10 936

13) Vila São Pedro – São Bernado do Campo (SP), 10 273

14) Zumbi dos Palmares/Nova Luz - Manaus (AM), 9 720

15) Baixadas da Condor - Belém (PA), 9 638

16) Santa Etelvina - Manaus (AM), 9 301

17) Jardim Oratório - Mauá (SP), 9 189

18) Chafik / Macuco - Mauá (SP), 9 158

19) Cidade Olímpica - São Luís (MA), 8 923

20) Colônia Terra Nova - Manaus (AM), 8 692

Extensão

O IBGE apontou também as favelas com maiores extensões territoriais. Nesse ranqueamento, o Censo ressalta que “não existia uma relação direta entre as áreas territoriais das favelas e comunidades urbanas e o número de residentes e de domicílios nesses territórios”.

Ou seja, ter mais área não significa necessariamente ter mais casas, assim como ter mais casas não é certeza de ter mais moradores. A Rocinha, por exemplo, apesar de ter o maior número de domicílios e de moradores, sequer consta na lista das 20 maiores favelas em extensão territorial.

Veja a lista das 20 maiores em área (quilômetro quadrado):

1) 26 de Setembro - Brasília (DF), 10,5

2) Sol Nascente - Brasília (DF), 9,2

3) Morro da Cruz I e II - Brasília (DF), 5,9

4) Invasão Água Limpa - Itabirito (MG), 5,7

5) Valéria - Salvador (BA), 5,5

6) Coroadinho - São Luís (MA), 5,4

7) Santa Etelvina - Manaus (AM), 4,8

8) Parque Estrela - Magé (RJ), 4,6

9) João de Barro - Boa Vista (RR), 4,6

10) Jardim Progresso - Natal (RN), 4,5

11) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento - Manaus (AM), 4,3

12) Baía do Sol - Belém (PA), 4,2

13) Residencial Tiradentes - São Luís (MA), 4,2

14) Gapara - São Luís (MA), 4,1

15) Vila Nestor - São Luís (MA), 4,1

16) Nacional - Porto Velho (RO), 4,1

17) Santa Rita - Feira de Santana (BA), 4,0

18) Barra Alegre - Ipatinga (MG), 3,9

19) Comunidade São Lucas - Manaus (AM), 3,8

20) Água Boa - Belém (PA), 3,8