GERAL

min de leitura

Homem é condenado a 25 anos por feminicídio de ex-companheira trans

(via Agência Brasil)

| Edição de 29 de agosto de 2025 | Atualizado em 29 de agosto de 2025

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O Tribunal do Júri da Comarca de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, decidiu pela condenação de Marlon Nascimento da Silva a 25 anos de prisão. Ele foi considerado culpado pelo homicídio quadruplamente qualificado de Amanda de Souza Soares Souza, uma mulher trans, que foi morta na madrugada de 1º de fevereiro de 2024. O crime ocorreu após Marlon, seu ex-companheiro, desferir vários golpes de faca contra ela.

O crime foi agravado por motivos torpes, uso de meio cruel, traição e feminicídio. O tribunal destacou que o crime foi motivado pela transfobia do réu, caracterizando uma forma de feminicídio.

Conforme os registros do processo, no dia do crime, Marlon enviou diversas mensagens para Amanda através do Facebook, conseguindo convencê-la a encontrá-lo em um terreno próximo à sua casa, no bairro Jardim Nova República, em São Gonçalo, onde o crime foi consumado.

Na decisão, o tribunal afirmou: “A pena-base deve ser fixada acima do mínimo legal, considerando que o delito é quadruplamente qualificado, por motivo torpe, com emprego de meio cruel, à traição e contra a mulher, por razões de sua condição, envolvendo violência doméstica e familiar. Assim, fixo a pena base em 26 anos de reclusão. Presente a atenuante da confissão, razão pela qual reduzo a pena em 1 ano”.

A sentença também ressaltou que a vítima tinha um relacionamento de intimidade e confiança com o réu, sendo atraída ao local do crime de forma dissimulada. Marlon ainda tentou criar um falso álibi, consolando amigos da vítima.

"Sua conduta demonstra o desprezo à vida da vítima, bem como sua intenção de confundir as investigações".



Com informações da Agência Brasil