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MP do Rio pede câmeras usadas por policiais em Operação Contenção

(via Agência Brasil)

| Edição de 29 de outubro de 2025 | Atualizado em 29 de outubro de 2025

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O Ministério Público do Rio de Janeiro determinou que sejam verificadas as câmeras corporais usadas pelos policiais que participaram da Operação Contenção, realizada nesta terça-feira (28) nos complexos da Penha e Alemão, que resultou na morte de 121 pessoas, entre elas quatro policiais. Foram realizadas mais de 100 prisões e apreendidas 118 armas, a maioria fuzis, além de 14 artefatos explosivos.

O procurador-geral de Justiça do Estado, Antônio Campos Moreira, destacou que o acesso e a checagem das imagens são fundamentais para a investigação das mortes ocorridas durante a ação policial.

Questionado sobre o número de câmeras usadas pelos policiais na operação, o procurador afirmou que todas as informações sobre o que ocorreu durante a operação dependerão inicialmente da apresentação de um relatório circunstanciado por parte das polícias.

“A partir do relatório, do recebimento das imagens, dos primeiros laudos de necropsia, dos laudos de confronto balístico - dos primeiros depoimentos que já estão sendo tomados pela polícia civil - é que serão produzidos de maneira independente pelo Ministério Público. A partir daí é que se terá uma visão técnica mais segura sobre o que efetivamente ocorreu.”

Com todos esses elementos, o procurador afirmou que será possível entender o que ocorreu naquele cenário de "verdadeira guerrilha urbana". Segundo ele, "a apuração não é fácil, porque parte do confronto ocorreu em uma área de mata fechada, mas todos os protocolos já acionados vão nos permitir formar uma visão mais segura e estritamente técnica dos fatos.”

O procurador Antônio Campos Moreira informou que pretende tomar depoimentos não apenas da cadeia de comando, mas desde a autorização da operação, passando por seu planejamento e, também, dos responsáveis pela execução das diligências. Ele também planeja ouvir pessoas que estejam dispostas a testemunhar sobre os fatos.

“Nós temos aqui no Ministério Público uma estrutura que, paralelamente ao monitoramento das operações policiais, mantém um canal direto de comunicação com a população. Todos os que nos procurarem serão recebidos com dignidade, serão ouvidos e nós vamos, a partir desse conjunto de informações, formar uma visão estritamente técnica do problema", afirmou.



Com informações da Agência Brasil