A Polícia Militar de São Paulo (PM) iniciou uma operação especial para reforçar a segurança em corredores, garagens e terminais de ônibus em todo o estado. A ação, denominada Operação Impacto Proteção a Coletivos, foi implementada para combater atos de vandalismo contra ônibus de transporte público, que têm ocorrido nos últimos dias.
Para esta operação, foram mobilizados 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas, posicionados em locais estratégicos. A operação também conta com a participação de militares da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) e outras unidades da PM, com previsão de duração até 31 de julho.
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"Nós iniciamos a operação através de mapeamento e análise criminal dos locais de maior incidência, então começamos a alocar ativos operacionais das várias modalidades de policiamento justamente para isso, para fazer a prevenção e também, se for o caso, a repressão imediata", explicou o coordenador operacional da PM, coronel Carlos Henrique Lucena.
Depredações
Simultaneamente à operação da PM, a Polícia Civil, através do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), continua investigando os casos de depredações recentes. A Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber) também está envolvida, monitorando possíveis envolvimentos de criminosos em plataformas digitais. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) mantém diálogo com as empresas de transporte coletivo para monitorar e discutir estratégias para enfrentar ações de vandalismo.
"As polícias estão trabalhando integradas para resolver essa crise, e a Polícia Civil está em contato diário com as empresas municipais buscando informações para apoiar e acelerar as investigações. As ações estão sendo organizadas para afastar a participação de organizações criminosas. Esses ataques não revelaram um propósito, o que é típico de facções", afirmou o diretor do Deic, Ronaldo Augusto Comar Marão Sayeg.
Ele mencionou que as investigações consideram outras hipóteses, incluindo desafios virtuais, que são vídeos onde usuários devem cumprir tarefas, muitas vezes desafiando outros a executá-las.
Plataformas digitais
Sayeg destacou que a Polícia Civil está monitorando ações em plataformas digitais e redes sociais, através do DCCiber. "Até agora, isso não revelou algo de concreto. O trabalho será feito para que possamos identificar os responsáveis no menor tempo possível", concluiu.
De acordo com as polícias, até ontem, ocorreram 180 ataques, sendo 60% deles na zona sul da capital paulista. Este número é baseado em informações registradas em Boletins de Ocorrência pelas empresas. Os ataques começaram em 12 de junho. Segundo a SPTrans, o total de ônibus atacados na capital paulista é de 235. Na maioria dos casos, os veículos tiveram os vidros quebrados por pedras.
Com informações da Agência Brasil