O governador Ratinho Junior (PSD) foi até a área afetada pelo deslizamento de terra na BR-376, na Serra do Mar, na manhã desta quinta-feira. A operação de resgate e limpeza do local é realizada de forma ininterrupta.
Catástrofe ocorreu na noite de segunda-feira, atingindo pelo menos 10 carros de passeio e seis caminhões, deixando trinta pessoas estão desaparecidas. Dois corpos já foram retirados, um deles ontem.
Ratinho Junior destacou o trabalho das equipes do Estado, da Polícia Rodoviária Federal e da concessionária que administra o trecho na operação. Durante a madrugada desta quinta, esses técnicos conseguiram avançar na limpeza da pista no sentido norte, o que deve permitir o avanço na operação. Cerca de 7 mil metros cúbicos de massa terrosa foram retirados do local, informou o boletim divulgado às 10h30 pelo gabinete de crise que acompanha a ocorrência.
“A Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, os policiais militares, os policiais científicos e todos os envolvidos estão trabalhando de forma incansável no resgate. A operação não para em nenhum momento. Nesta quinta, com o tempo mais firme, o Corpo de Bombeiros trabalhou de forma mais ainda mais efetiva. Estamos junto das famílias atingidas nesta tragédia. O Governo do Estado não vai medir esforços para garantir rapidez no atendimento”, disse.
O Corpo de Bombeiros já iniciou as operações na região mais sensível da ocorrência, que é a parte em que a massa de terra deslocou alguns veículos, inclusive caindo sobre eles. A área conta com uma extensão de aproximadamente 4,5 mil metros quadrados e o volume de terra a ser removido tem aproximadamente 5 mil metros cúbicos. No ponto mais sensível encontram-se bombeiros, cães de buscas e o maquinário da concessionária. Esta missão é delicada e demorada, por causa do constante risco que as equipes estão expostas.
“Nos últimos dias os bombeiros tiraram algumas piscinas de água em cima do morro, o que colocava em risco o trabalho dos bombeiros, devido ao peso de água. Essa drenagem ajudou a acelerar essa operação”, afirmou.
O governador ainda reforçou o empenho do Estado em agilizar o resgate de eventuais vítimas. “As equipes mais especializadas do Corpo de Bombeiros estão no local, a elite dos servidores, o Grupo de Operações de Socorro Tático. Nossa torcida é que esse trabalho termine o quanto antes”, complementou. “Estamos trabalhando com solidariedade, entendemos a angústia das famílias e dos cidadãos que dependem da estrada. Estamos mobilizados para resolver essa situação”.
Sobe para 7,5 mil número de afetados pelas chuvas
O número de afetados pelas chuvas no Litoral e na Região Metropolitana de Curitiba subiu para 7.528 pessoas, mostrou o boletim de ocorrências divulgado às 15 horas de ontem pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. Ocorrências de deslizamentos, inundações, alagamentos e enxurradas foram registradas em 12 municípios desde o último domingo.
Até ontem, 1.057 pessoas tiveram que deixar suas casas e estão desalojadas e outras 22 estão desabrigadas. Os alagamentos e inundações danificaram 647 residências, 500 delas em São José dos Pinhais. Uma casa foi destruída em um deslizamento em Antonina.
As cidades atingidas foram Antonina, Araucária, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Curitiba, Guaraqueçaba, Guaratuba, Itaperuçu, Morretes, Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais.
As equipes do Estado estão atendendo os municípios atingidos. As estações meteorológicas do Estado identificaram chuvas acima da média histórica para o mês de novembro em cidades do Litoral e da RMC. O Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd), da Defesa Civil, continua acompanhando a situação meteorológica do Estado para apoiar os municípios e enviar alertas para a população.
Com a melhora nas condições climáticas no Litoral e na RMC, as equipes trabalham no momento auxiliando as famílias desalojadas no retorno às suas residências. A Defesa Civil Estadual também dá suporte a outros órgãos do Estado. Na manhã desta quinta-feira, um comboio com insumos e medicamentos foi escoltado até o Litoral para evitar que haja o desabastecimento nos serviços de saúde.