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Abertura de empresas cresce 32% na região no primeiro semestre

Cindy Santos

| Edição de 18 de julho de 2025 | Atualizado em 18 de julho de 2025

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A região registrou um aumento de 32% no número de novas empresas abertas no primeiro semestre deste ano. Entre 5.890 aberturas e 3.327 baixas, foram 2,5 mil novos empreendimentos inaugurados, saldo que supera o mesmo período do ano passado, quando a região ganhou 1,9 mil empresas. Os maiores saldos são de Arapongas (1.012), Apucarana (878) e Ivaiporã (128) (veja o infográfico). Os dados são da Junta Comercial do Paraná (Jucepar) referentes a 27 municípios.

Conforme a Jucepar, o bom desempenho regional se deve principalmente ao setor de comércio e serviços automotivos que, entre 1,4 mil aberturas e 956 baixas, fechou o semestre com 512 novas empresas, saldo quatro vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Entre as empresas do ramo automotivo inauguradas neste ano está a Las Vegas Car, de Apucarana, que oferece serviços de som e estética automotiva. O proprietário, Julio Rios, 25 anos, atua no nicho desde os 17, quando começou a trabalhar ajudando seu pai, que também tem uma empresa do setor automotivo. “O som e a estética mexeram comigo. É com isso que eu gosto de trabalhar”, afirma.

Julio revela que sempre teve vontade de abrir seu próprio negócio, pois acredita muito no potencial do empreendedorismo. “Eu sempre acreditei que o progresso vem para quem quer progresso. Não adianta só querer, é preciso correr atrás”, acrescenta.

Segmentos que também ganharam novas empresas foram a indústria de transformação (385), transporte (316), atividades administrativas (271), construção (154), saúde humana (154), entre outros.

O economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Apucarana, ressalta que a prestação de serviços está em constante crescimento na região, impulsionada pela melhoria da renda e pela modernização econômica, impulsionando a abertura de novas empresas. “O setor de serviços está em alta porque a melhoria da renda impulsiona a modernização econômica, e as pessoas consomem mais serviços”, afirma.

E segundo o economista, o primeiro passo escolhido por muitos empreendedores para abrirem um negócio é o modelo Microempreendedor Individual (MEI). “Normalmente são pessoas altamente experientes e qualificadas em alguma atividade que buscam solucionar problemas de prestação de serviço ou venda de produtos. A opção pelo MEI é atraente devido ao menor aporte de capital necessário e às vantagens proporcionadas pela lei, como a possibilidade de oferecer nota fiscal”, afirma.

Segundo Cruz, o empreendedorismo continua uma forte tendência entretanto, a alta taxa de juros é um fator que influencia as decisões, especialmente para os pequenos empresários. “Nenhuma empresa sobrevive se não tiver vendas e consumidores”, afirma.