Por semana, uma média de cinco incêndios ambientais são registrados pelo Corpo de Bombeiros em Apucarana e região. Ao todo, 154 queimadas mobilizaram a corporação neste ano, nos 22 municípios pertencentes ao 11º Batalhão de Bombeiro Militar. Nesta sexta-feira (18), em Apucarana, dois incêndios ambientais foram registrados. No Parque da Raposa, um morador filmou entulhos sendo queimados. O fogo se espalhou pela vegetação, causando uma cortina de fumaça que se espalhou pela região.
No início da noite, outro incêndio ambiental foi registrado no Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti, na zona norte. As chamas atingiram uma área na Rua São Felipe. O fogo se espalhou rapidamente, gerando muita fumaça, que tomou conta da região e assustou os moradores. O local fica próximo a barracões industriais e perto de um depósito de reciclados, mas o fogo foi controlado antes de atingir o barracão.
Conforme a tenente Ana Paula Zanlorenzi, esta época do ano é marcada por condições climáticas adversas, incluindo geadas e falta de chuva, que aumentam o risco de incêndios ambientais. E a baixa umidade relativa do ar e os fortes ventos contribuem para a propagação rápida do fogo na vegetação.
“A principal causa dos incêndios ambientais é atribuída à ação humana, seja por motivos de ‘limpeza’ de terreno ou vandalismo”, observa a tenente.
Além de prejudicar o meio ambienta, as queimadas causam problemas como sujeira gerada na cidade pela fuligem, complicações respiratórias causadas pela fumaça, riscos à segurança dos motoristas devido à redução da visibilidade causada pela fumaça e riscos a edificações próximas às áreas afetadas.
Os dados do Corpo de Bombeiros mostram, entretanto, que neste ano o número de queimadas caiu 65% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 441 ocorrências foram registradas na região. “Há casos em que não somos acionados. Temos também as concessionárias que atendem a esse tipo de ocorrência, o que acaba diminuindo os nossos atendimentos, mas não, necessariamente, a recorrência desse tipo incêndio. Mas, independente da quantidade de atendimentos, realizados, os prejuízos são constantes”, observa a tenente.
PROJETO QUER AUMENTAR PENA
Um projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados e encaminhado ao Senado quer aumentar a pena prevista para quem provocar incêndios em florestas ou demais formas de vegetação. A pena atualmente estabelecida para estes casos é de 2 a 4 anos e multa, e pelo projeto foi aumentada para de 3 a 6 anos.
O projeto aumenta a pena prevista mesmo nos casos culposos, ou seja, quando não há intenção. Atualmente, os casos culposos têm pena prevista de seis meses a um ano de detenção, e pode, passam para detenção de um a dois anos.