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Caminhoneiro é assassinado a tiros em bar no Jardim Catuaí

Adriana Savicki

| Edição de 16 de novembro de 2023 | Atualizado em 16 de novembro de 2023
Imagem descritiva da notícia Caminhoneiro é assassinado a tiros em bar no Jardim Catuaí

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Um tratorista de 45 anos confessou, na manhã de ontem, ser o autor dos disparos que atingiram Éder Rogério da Silva, 41 anos, morto à queima-roupa sentado na mesa de um bar no Jardim Catuaí, zona sul de Apucarana na noite de anteontem. O crime aconteceu por volta das 21h45, sob os olhares de várias testemunhas que estavam no estabelecimento. Segundo a Polícia Civil, vítima e atirador se relacionaram com a mesma mulher, o que teria motivado o assassinato. 

Éder, que era caminhoneiro, não esboçou reação e o crime foi registrado por câmeras de um estabelecimento próximo. As imagens mostram a chegada de um carro – um veículo Gol – e o atirador descendo e atirando a poucos metros de distância mais de um vez na vítima, que estava sentada em uma mesa do lado de fora do bar, localizado na rua Mário Mitsuo Tamiya. Eder morreu no local. Várias pessoas estavam em mesas próximas, mas ninguém se feriu. 

Após os disparos, o autor entra no carro, que era conduzido pela mulher de 40 anos envolvida na rixa dos dois.

O atirador, que é tratorista, e a mulher se apresentaram sob orientação de um advogado, na 17ª Subdivisão Policial (SDP) ao delegado André Garcia. “O pano de fundo dessa história é um envolvimento amoroso entre vítima e autor e a mulher, gerando um desentendimento entre eles”, comenta o delegado, acrescentando que o autor afirmou ter sido ameaçado pela vítima, o que não ficou comprovado até agora. Como se apresentou espontaneamente e colaborou, ele foi ouvido e liberado.  O carro e arma - um revólver calibre 38 - foram entregues e serão encaminhados à perícia.

Segundo o delegado, as investigações terão sequência, mas o autor deve ser indiciado pelo crime de homicídio doloso duplamente qualificado – por motivo fútil e sem chance de defesa para vítima. A polícia já ouviu oito testemunhas. Por enquanto, o delegado afirma não ter elementos para indiciar a mulher, apesar dela ter conduzido o veículo e testemunhas afirmarem terem visto ela passando em frente ao bar onde o crime ocorreu em dois momentos antes dos disparos. “O depoimento dela e do autor afirma que, embora ela o tenha levado ao local, ela não sabia o que ia ocorrer e nem que ele estava armado”, comenta.

Nem vítima, nem autor têm registro criminal. O corpo de Éder Rogério da Silva será sepultado hoje, as 11 horas, no Cemitério Municipal de Arapongas.