A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou uma queda de 88,6% nos casos de dengue na área da 16ª Regional de Saúde de Apucarana, que também reduziu em 94,8% os óbitos decorrentes da doença em 2005 em relação ao mesmo período de 2024. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Sesa divulgado ontem.No Paraná, houve redução de 85% no número de casos.
De acordo com o informe, os 17 municípios da área da 16ª RS registraram até agora 4.871 casos, contra 42.907 no mesmo período do ano passado. Já em relação aos óbitos, foram 77 em 2024 e quatro -três em Apucarana e um em Arapongas - no atual ano epidemiológico.
No município sede, Apucarana, a queda no número de casos foi de 88,2%. O município registrou 16.688 casos em 2024 e 1.964 neste ano.
Em relação aos óbitos, Apucarana registrou 23 em 2024 e três neste ano, redução de 88,5%.
O Paraná teve 90.717 casos confirmados de dengue de janeiro até agora, contra 616.963 no mesmo período em 2024. Já o número de óbitos caiu de 733, em 2024, para 139 neste ano. É também menor do que 2020 (193), mas maior do que no mesmo período dos anos de 2021, com 28; 2022, com 112 óbitos, e 2023 com 129.
A tendência de queda de 2025 acontece desde o início do ano. Entre janeiro e julho deste ano, o número de casos confirmados da doença caiu 85,72% em relação ao mesmo período do ano passado – de 613.371 em 2024 para 87.598 neste ano. A redução também foi observada nos óbitos, que passaram de 729 em 2024 para 129 em 2025.
No ano passado, o Brasil teve o recorde histórico de 6,6 milhões de casos confirmados de dengue, além de 6 mil mortes pela doença. O Paraná também sofreu com a dengue e teve seus maiores números com 653 mil casos.
“A redução é parte importante do trabalho que a Sesa tem feito após os recordes históricos de casos que foram registrados em todo Brasil. No Paraná, trabalhamos muito em parceria com os municípios para a conscientização da população, por meio de ações estratégicas e investimento em técnicas de controle”, lembrou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Apesar da queda de casos, a Sesa mantém o alerta e define como fundamental continuar enfatizando a importância da manutenção das ações de prevenção e controle vetorial da dengue. As medidas são mantidas mesmo nos períodos de menor propagação, com temperaturas menores e menor volume de chuvas.
A Sesa também realizou a capacitação das equipes de controle vetorial para os 399 municípios com o protocolo “Novas Diretrizes para Prevenção e Controle de Arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos por artrópodes, como mosquitos)”, que foram publicadas recentemente pelo Ministério da Saúde.
O Paraná ainda reforçou a ação da utilização das armadilhas ovitrampas como método de monitoramento do Aedes aegypti. Essas armadilhas servem como criadouro para a fêmea do mosquito depositar seus ovos e permite que sejam analisados dados como infestação e definidas estratégias de combate. Atualmente, 170 municípios já iniciaram a implantação.