A Polícia Civil de Apucarana tenta desvendar o mistério que envolve o desaparecimento da costureira Cíntia Cristina Silveira da Costa, de 31 anos, que completa um mês hoje. Ela foi vista pela última vez em 25 de maio, em uma boate localizada na Avenida Governador Roberto da Silveira, na região da Barra Funda. Desde então, a família busca respostas.
Profundamente abalada com o sumiço da filha, Silvia Regina Silveira da Costa, tenta reunir forças para amparar as três netas, de 4, 7 e 11 anos. “Estão chorando por causa dela. Continuo aflita e preocupada. Nem durmo direito”, relata. Apesar de todo sofrimento causado pela ausência de sua filha, Silvia tem esperança de encontrá-la. “Quero que ela volte de um jeito ou de outro, para a gente descansar”, desabafou.
Silvia tem recebido o apoio e suporte emocional da amiga e vizinha, Adriana Marques, com quem compartilha uma triste coincidência. Adriana é mãe de Emily Marques, cujo desaparecimento completa 15 anos amanhã. Ela foi vista pela última vez no dia 26 de junho de 2010, enquanto voltava para a casa após participar de uma missa, em uma igreja no Jardim Diamantina. Na época Emily tinha 14 anos e até hoje a família não sabe o que aconteceu com ela.
Adriana relata que o sumiço de Cíntia a fez reviver a dor e a espera que experimentou quando sua filha desapareceu. “Estou revivendo toda dor, cada minuto, cada espera. A mesma história. Tudo que aconteceu com Silvia, aconteceu comigo. Um verdadeiro pesadelo”, afirmou.
INVESTIGAÇÃO
A Polícia Civil segue investigando o caso, entretanto, ainda não surgiram elementos que indiquem uma motivação para o desaparecimento da costureira. E a grande dificuldade nas investigações de desaparecidos é a falta de informações concretas. “O caso ainda é um mistério. Existem muitos boatos, mas nada confirmado”, informou a delegada Luana Lopes, da Delegacia da Mulher.
A informação mais recente repassada pela polícia é que o corpo encontrado em Londrina na semana passada passará por confronto genético. A delegada chegou a informar que o cadáver não era de Cíntia, entretanto, decidiu investigar melhor.
“Cíntia possui uma tatuagem no ombro esquerdo. E o IML de Londrina havia informado que não tinha como ver a tatuagem. Como o corpo está em estado avançado de putrefação, resolvemos fazer o confronto genético. Somente dessa forma, poderemos afirmar com certeza se é ou não a Cintia”, disse a delegada Luana Lopes, titular da Delegacia da Mulher.
DESAPARECIMENTO
Cíntia desapareceu em 25 de maio. Ela foi vista pela última vez em uma boate localizada na Avenida Governador Roberto da Silveira, na região da Barra Funda, e deixou o estabelecimento com um homem. Com a repercussão do caso, fotos de homens que teriam interagido com ela circularam pelas redes sociais, entretanto, a polícia descartou qualquer relação deles com o sumiço da costureira. Logo após o desaparecimento, a família recebeu informação de que ela teria sido vista em Arapongas, perambulando desnorteada pela rua. Porém ela não foi localizada.
De 2024 até o momento, pelo menos 16 famílias registraram desaparecimentos de parentes em Apucarana, conforme o site Desaparecidos, da Policia Civil do Paraná. Alguns casos foram solucionados, entretanto, os registros ainda permanecem no site.