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Dez óbitos suspeitos de dengue são investigados pela Sesa na região

Cindy Santos

| Edição de 22 de janeiro de 2024 | Atualizado em 22 de janeiro de 2024

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A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está investigando a suspeita de seis óbitos causados pela dengue em Apucarana e outros dois em Cambira na área da 16ª Regional de Saúde (RS). A informação foi divulgada ontem pelo secretário Beto Preto, que passou o dia na sede do órgão em Apucarana para tratar de estratégias  de combate à dengue. O secretário participou de uma videoconferência para discutir a situação na 16ª RS e também na 22ª RS de Ivaiporã, onde duas mortes são investigadas. 

As suspeitas de morte investigadas em Apucarana são de cinco homens de 22, 73, 81, 83 e 85 anos e uma mulher de 75. Já em Cambira os óbitos apurados são de uma mulher de 57 anos e de um homem de 42. Na área da 22ª RS, as mortes em investigação são de dois moradores de Ivaiporã: um homem de 31 anos e uma mulher de 66.

“Nesta terça-feira, o boletim da dengue que virá de Curitiba vai apontar o aumento de casos na ordem de 70% em Apucarana em uma semana”, afirma Beto Preto. Na terça-feira da semana passada (16), o boletim da Sesa informou 1.602 casos na cidade na oportunidade. Assim, a expectativa é de que registros positivos da doença cheguem à casa de 2,7 mil.

Beto Preto afirmou que o Estado monitora também a situação em outros municípios da região que estão em epidemia e com casos em crescimento, levando trabalho de fumacê para cidades como Borrazópolis, Cambira, Ivaiporã e Lidianópolis, os dos últimos da 22ª RS de Ivaiporã.  Em Jandaia do Sul, os ciclos foram completados.

Em relação a Apucarana, o secretário afirma que o fumacê ainda não surtiu o efeito esperado, com grande número de mosquitos Aedes aegypti alados ainda em várias regiões. Por isso, a Sesa fará a aplicação do sexto e sétimo ciclo de inseticidas.

Ele voltou a destacar a importância da retirada “mecânica “ dos focos do mosquito, com mutirões de limpeza, e não descartou a possibilidade de buscar agentes de endemias de outras cidades para auxiliar no trabalho de casa em casa. Segundo ele, esse tipo de situação está prevista no Sistema Único de Saúde (SUS). “O fumacê só atinge o mosquito alado, enquanto não for realizada a identificação e retirada dos focos de casa em casa, nos terrenos baldios e logradouros públicos os números não vão cair. Isso não é novidade para ninguém, é algo que se sabe e se orienta há mais de 30 anos”, destaca.

Nesta terça-feira, uma nova reunião de trabalho deve ser realizada na 16ª RS com o grupo de crise designado para discutir as ações entre os municípios.

“Estamos em um momento crítico, com a UPA, os postos de saúde e o Hospital da Providência cheios de pacientes. A dengue é traiçoeira e pode ocorrer rapidamente a queda das plaquetas”, diz o secretário, citando a piora no quadro das pessoas infectadas nesses casos.

Ontem, segundo boletim do hospital, eram 34 pacientes internados com dengue confirmada e  um com suspeita da doença no Hospital da Providência. 

Apucarana leva mutirão para Parque Bela Vista

Fechando o trabalho na região do Núcleo do João Paulo, o Mutirão de Combate à Dengue retirou nesta segunda-feira 16 caminhões lotados de inservíveis daquele bairro. Nesta terça-feira (23), o atendimento começa em uma nova área da cidade, que engloba Parque Bela Vista, Núcleo Afonso Camargo, Jardim Itália, Recanto Palmares, Jardim Novo Horizonte, Jardim Uirapuru e Jardim Joaquim Vicente de Castro.

Iniciado no dia 8 de janeiro por iniciativa da Prefeitura com o objetivo de eliminar os criadouros do mosquito Aedes Aegypti, o Mutirão de Combate à Dengue já atendeu diversos bairros.

Esse trabalho já resultou na coleta de mais 200 caminhões lotados de materiais inservíveis, tais como latas, garrafas, peças de plástico, pneus e móveis para descarte, entre outros.