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Diagnósticos de sífilis têm queda de quase 15% em Apucarana em 2024

Louan Brasileiro

| Edição de 14 de janeiro de 2025 | Atualizado em 14 de janeiro de 2025

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Os casos de sífilis em Apucarana tiveram uma redução de 14,7% em 2024 com relação ao ano de 2023. De acordo com o Núcleo de Atenção, Testagem e Triagem de Apucarana (Natta), 127 pacientes foram diagnosticados com a doença no município em 2024, enquanto em 2023 foram 149 casos.

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.

“Apucarana segue a média nacional com relação ao número de pacientes com sífilis atendidos pela rede pública. No entanto, é importante ressaltar que os casos que são diagnosticados na rede privada não são notificados e não entram nas estatísticas”, afirma a coordenadora do Natta, Valentina de Campos Leal.

No entanto, os casos de sífilis congênita (casos contraídos de mãe para filho durante a gestação) tiveram um aumento de 66,7%. Em 2023, nasceram três crianças com sífilis congênita, já em 2024 foram cinco nascimentos. No total, o Natta acompanha 11 casos de sífilis congênita.

Valentina destaca que o Natta faz um trabalho intenso para o diagnóstico e tratamento dos casos congênitos.

“Quando a mãe é diagnosticada com sífilis, o tratamento já é iniciado na hora, na própria UBS. Esse tratamento consiste na aplicação de três doses de benzetacil em um intervalo de sete dias, com 100% de eficácia”, destaca.

Nos casos em que o bebê acaba nascendo com a doença, segundo Valentina, é porque a mãe não fez o tratamento integralmente.

Quando uma gestante faz sua primeira consulta de pré-natal, a equipe da UBS já faz todos os testes rápidos. Se der positivo para a sífilis, ela já recebe na hora a primeira dose da injeção, mas é preciso retornar para tomar as outras duas para que consigamos 100% a cura do bebê”, observa.