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Economia regional cria mais de 3,1 mil postos de trabalho formais

Cindy Santos

| Edição de 02 de outubro de 2023 | Atualizado em 02 de outubro de 2023
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A economia regional criou mais de 3,1 mil empregos formais com carteira assinada entre janeiro a agosto deste ano. A informação consta do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego e representa o saldo líquido (contratações menos demissões) da geração de postos de trabalho nos 27 municípios do Vale do Ivaí mais Arapongas. 

Os números mostram que todos os setores da economia fecharam com saldo positivo em geração de emprego. O destaque fica, novamente, com o setor de serviços responsável por praticamente a metade das vagas de trabalho da região (1.514), seguido pela indústria (819), comércio (480) e agropecuária (150). No geral, a região ultrapassa 100 mil trabalhadores com carteira assinada. 

Pelo segundo mês consecutivo, Arapongas lidera as contratações na região com saldo acumulado de 866 postos de trabalho, sendo 477 no setor de serviços, 309 na indústria, 122 no comércio e 4 na agropecuária. A construção civil, em contrapartida, perdeu 46 vagas. 

Apucarana fechou o período com 521 vagas formais, a maior parte criada no setor de serviços (435). A construção civil e o comércio fecharam com saldo positivo de 60 e 50 vagas respectivamente, enquanto a indústria e a agropecuária perderam juntas 24 postos de trabalho no período. 

O economista Paulo Cruz Correia, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) avalia que o saldo positivo reflete a reação da economia regional após um início de ano tímido. Segundo ele, as perspectivas para o segundo semestre é um crescimento maior com as contratações temporárias realizadas no final de ano. “A expectativa é um segundo semestre e início de 2024 com crescimento na economia regional. Ademais, a queda da taxa de juros, ainda que gradativamente, traz um novo alento para os empresários e para a melhoria de renda de toda a região, o que pode ampliar o volume de demanda por bens e serviços no próximo ano”, avalia.

Paraná é quarto em geração de empregos

O Paraná foi o quarto estado que mais gerou empregos formais no Brasil de janeiro a agosto de 2023, de acordo com os dados do Caged. No período, foram criados 91.400 novos postos de trabalho no Estado. Apenas os estados de São Paulo (386.511), Minas Gerais (171.349) e Rio de Janeiro (105.468), todos mais populosos que o Paraná, tiveram um saldo melhor no período. Levando em conta apenas os resultados do mês agosto, o Paraná teve um saldo positivo de 13.568 empregos com carteira assinada, quinto melhor resultado do País e segundo melhor resultado do ano, atrás apenas de fevereiro. O número é superior à soma de todos os novos postos de trabalho criados em Santa Catarina (6.702) e Rio Grande do Sul (2.561), por exemplo. 

“Os bons índices de emprego do Paraná são reflexo de um ambiente econômico propício a investimentos por parte da iniciativa privada, com qualificação de mão de obra, previsibilidade jurídica e boa oferta de infraestrutura por parte do Estado. Isso tem como resultado a criação de postos de trabalho e aumento da qualidade de vida dos paranaenses”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Agosto tem segundo melhor saldo do ano na região

O mês de agosto obteve até agora, o segundo melhor saldo regional com 603 postos de trabalho, perdendo apenas para fevereiro, quando a região criou 967 vagas de empregos. A maior parte está no setor de serviços (240), seguido pela indústria (175), comércio (138), agropecuária (41) e construção (9). 

Após três meses com saldo mensal negativo, Apucarana encerrou agosto com 180 postos de trabalho com carteira assinada. O saldo - diferença entre 1.626 admissões e 1.446 desligamentos - é o maior da região. 

A indústria, que extinguiu 220 postos de trabalho em julho, foi a grande responsável pelo avanço nas contratações no município em agosto, com saldo positivo de 96 empregos formalizados, seguida pelo setor de serviços (38), comércio (37) e agropecuária (15). A construção civil fechou com saldo negativo com a perda de seis postos de trabalho. 

O segundo maior saldo é de Arapongas que encerrou agosto com 97 vagas de emprego, a maior parte no setor de serviços (67), comércio (27), indústria 23, agropecuária (6). Assim como no município vizinho, a construção civil perdeu 26 postos de trabalho.