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Em dois anos, Feira Verde beneficiou 43 mil famílias

Da Redação

| Edição de 10 de maio de 2024 | Atualizado em 10 de maio de 2024
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O Programa Municipal Feira Verde, uma iniciativa da Prefeitura de Apucarana que possibilita a trocar de materiais recicláveis alimentos da agricultura familiar local, completa neste domingo (12) dois anos de atividade. Coordenado pela Secretaria Municipal de Agricultura, desde o seu início o programa realizou 515 feiras, beneficiando 43.594 famílias e resultando em uma coleta de mais de 537 mil quilos de materiais recicláveis.

Atualmente, 103 produtores da agricultura familiar realizam entregas periódicas de produtos para o programa, através de cooperativa credenciada. “Uma ação governamental que promove a sustentabilidade ambiental, segurança alimentar, geração de renda no campo e para famílias da cooperativa de reciclagem da cidade (Cocap), onde os materiais que foram trocados por produtos rurais se transformam em fonte de sustendo dos trabalhadores”, assinala o prefeito Júnior da Femac, lembrando que o “Feira Verde”, foi sugerido à administração municipal pelo vereador Rodrigo Liévore (Recife), a partir de uma experiência que ele conheceu na cidade de Ponta Grossa. 

“Adolescentes e crianças participam ativamente, cobram a mãe e o pai lembrando do dia de fazer a troca do reciclável pelos produtos rurais, e assim vão aprendendo a importância da reciclagem. Um projeto muito bonito que, além de todos os outros benefícios, ao retirar os recicláveis do lixo comum, contribui para aumentar a vida útil do aterro sanitário”, afirma o vereador Rodrigo Recife.

Antônio Roberto Nogueira, o “Tonhão”, gestor geral da Cooperativa dos Catadores de Apucarana (Cocap), avalia o “Feira Verde” como uma conquista. “Em dois anos, esse programa veio ao encontro do que esperávamos, principalmente em relação à questão educacional, influenciando os moradores da periferia que, anteriormente, não atuavam na reciclagem”, ressalta Tonhão. 

O secretário Municipal da Agricultura, Gerson Canuto, destaca que neste ano o programa registrou um crescimento médio de mais de 30%. “O aumento foi registrado tanto no número de participantes quanto no recolhimento do material reciclado, já que o atendimento foi expandindo para novos bairros”, destaca o secretário.

População aderiu à iniciativa

Moradora do Residencial Jaçanã, Patrícia Calixto considera o programa uma ação relevante por vários motivos. “Para nós, tem dia que não tem nenhuma verdura, quando vem o “Feira Verde” é uma alegria sem tamanho. Contamos os dias para a troca. Comida saudável, direto da roça. Sem contar que é uma coisa boa para não deixar acumular lixo, onde pode proliferar a dengue”, avaliou Patrícia.

Também moradora do Residencial Jaçanã, Silvana Faneli conta que participa do “Feira Verde desde o início. “Eu e meu marido coletamos recicláveis de carrinho a semana toda. As verduras que recebemos em troca são tudo de bom. Só agradecer, a qualidade é boa demais, não tem o que falar. Quem ainda não participa, está perdendo”, afirmou Silvana.

Incentivo para agricultores

O presidente da Coocapi e agricultor, Nilton Antônio Fornaciari destacou a importância da iniciativa para o pequeno produtor rural. “O programa tem dado muito suporte aos nossos cooperados, contribuindo para que tenham garantia de comércio de sua produção a preço justo e, com isso, possam permanecer no campo. Se não fosse o apoio que têm recebido da cooperativa e de programas governamentais, como o Feira Verde, grande parte dos nossos 250 cooperados certamente já não estaria mais na atividade e sim inchando as cidades”, pontuou Fornaciari, que também fornece frutas ao programa. “O meu forte é a banana, inclusive estou fazendo a colheita para entregar nesta segunda-feira à Secretaria da Agricultura”, disse o agricultor.

Com propriedade no Distrito de Vila Reis, a agricultora Olinda Crocetta Mello fornece pitaias ao “Feira Verde” desde janeiro de 2023. A fruta exótica, inclusive, faz grande sucesso entre a população. “Achei fantástico porque é uma oportunidade da população, especialmente, a de baixa renda, ter acesso a frutas e verduras, que é um alimento saudável”, disse a agricultora.