Estudantes surdos e profissionais, como intérpretes de Libras e professores de salas de recursos, ouvintes e surdos, participaram ontem do 2º Festival de Educação Bilíngue (FEB). Realizado no salão paroquial do Santuário São José, o evento teve o objetivo de valorizar a Língua Brasileira de Sinais e a cultura surda.
O festival é uma iniciativa do Centro de Apoio ao Surdo e aos Profissionais da Educação de Surdos (CAS), em parceria com o Núcleo Regional de Educação. A programação contou com palestras, dinâmicas, sorteios de prêmios e apresentações de estudantes surdos, professores do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (Celem) e do Curso de Formação de Docentes. O objetivo foi proporcionar um espaço para que a comunidade surda compartilhasse experiências.
Katia Bilotti, coordenadora da Educação Especial do Núcleo Regional de Educação (NRE), destacou a importância da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na educação em Apucarana: “A Libras é a língua de comunicação dos surdos e aqui tem sido um diferencial. O CAS atua na formação e divulgação da Libras em toda a região, com apoio de seis núcleos, incluindo Apucarana e Londrina”, explicou.
Ela também ressaltou o apoio da prefeitura e da Secretaria de Estado da Educação, além da inclusão da Libras como componente curricular nos anos iniciais. “O surdo precisa ser visto como uma pessoa de direito, com capacidade de aprender e se tornar um cidadão produtivo”, completou.
Giovanna Oliveira de Lima, professora surda do Centro de Apoio aos Surdos e aos Profissionais da Educação dos Surdos (CAS), também compartilhou sua visão sobre o evento: “É importante que as crianças participem desse evento para vivenciarem a comunicação em Libras. Muitas vezes, a comunicação é difícil na família ou na sociedade, e o surdo pode se sentir isolado. Eventos como este promovem trocas de experiências e ajudam no desenvolvimento de identidades surdas.”
O prefeito Junior da Femac participou da abertura do evento, destacando a importância da inclusão na educação. “Em Apucarana, queremos que todas as pessoas se comuniquem e estejam integradas na vida da cidade. Por isso, ensinamos a todas as crianças da rede municipal de ensino a Língua Brasileira de Sinais”, frisa Junior da Femac. (LIS KATO)