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Flores e mel são atração de turismo rural em Ivaiporã

Da Redação

| Edição de 31 de outubro de 2025 | Atualizado em 31 de outubro de 2025

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Roselei Ludvig Venetico, nasceu em Ivaiporã e percorreu o mundo. Depois de anos fora do país entre a Europa e Ásia, ela resolveu trazer a experiência desses lugares para sua terra natal. Aos poucos, transformou um antigo pasto da chácara onde vive, em um espaço de cultivo e convivência, com a ideia de desenvolver uma modalidade diferenciada de turismo rural no município. Hoje, sua propriedade combina lavanda, rosas, horta orgânica e outras culturas.

Dentre as culturas cultivadas na chácara, a lavanda se destaca e exige cuidados constantes. As plantas começam a florescer com seis meses e precisam de poda regular para se manterem produtivas. “Ver a lavanda florescer e sentir o perfume no ar é uma recompensa que vale o esforço”, comenta Rose.

Da lavanda, que vira cenário para turistas fotografarem, ela produz artesanalmente hidrolatos uma água aromática obtida na destilação das flores e óleos. Esses produtos são usados na fabricação de sabonetes, cremes e perfumes. A produtora também planeja obter o selo orgânico para ampliar o valor agregado da produção.

Além da lavanda, Rose cultiva diferentes variedades de rosas. O objetivo é unir beleza e aroma, além de utilizar as pétalas na criação de novos produtos naturais. “As rosas transformam o ambiente e despertam boas lembranças em quem visita a chácara”, comenta.

A horta orgânica, ainda em expansão, segue princípios de manejo sustentável. Rose participa de um programa municipal de horticultura, que oferece acompanhamento técnico de um agrônomo por dois anos. O espaço também serve como vitrine para práticas de cultivo sem agrotóxicos.

Outro destaque é o meliponário, com abelhas nativas sem ferrão. Elas ajudam na polinização e produzem mel de alta qualidade e alto valor agregado. A produtora diz que mantém as colmeias próximas ao jardim de lavanda para melhorar a florada.

Na fruticultura, ela já colhe amora, goiaba e pitanga. O próximo passo é plantar pitaia e introduzir o cultivo de melaleuca, uma árvore usada na extração de óleos essenciais com propriedades terapêuticas. Rose explica que a planta se adapta bem ao clima da região e amplia as possibilidades de produção.

Para completar o projeto, foi construído na chácara um pequeno campo de treino de golfe. Ela e o marido inglês, ambos praticantes, participam de competições da Federação Paranaense de Golfe. “O golfe é uma forma de unir lazer e aprendizado. Queremos mostrar que o esporte combina com a vida no campo”, explica.