O número de matrículas no Ensino Superior à Distância (EAD) cresceu 41% em quatro anos na região. Foram 12,8 mil alunos matriculados em cursos à distância no ano passado em 18 municípios da região contra 9,1 mil em 2020, uma diferença de mais de 3,7 mil novos estudantes (veja o infográfico). Em contrapartida, a modalidade presencial registrou queda de 19,7% nas matrículas no mesmo período passando de 10 mil para 8,1 mil. Os dados são do Censo da Educação Superior 2024 divulgados nesta semana pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Apucarana detém o maior número de matrículas no ensino à distância da região, com 4.175 registros, o que corresponde a quase a metade do total de estudantes matriculados no ensino superior no ano passado, com 8.385. O município possui quatro instituições presenciais, sendo duas públicas e duas privadas, além de polos semipresenciais e EAD. No total, a modalidade presencial soma 4.210 matrículas.
Em Arapongas, 3.732 estudantes se inscreveram na modalidade não presencial, um aumento de 110% em comparação com quatro anos atrás, sendo duas vezes maior que as matriculas no ensino presencial que somou 1.930 registros no ano passado.
Ivaiporã também possui um número expressivo de estudantes matriculados no ensino à distância com 1.469, um aumento de 18% no comparativo. Entretanto, a quantidade de matrículas na modalidade presencial ainda é maior com 1.748 registros. Em Jandaia, entretanto, o ensino EAD superou o presencial com 637 matrículas contra 237.
REGIÃO
Em 14 municípios da região, o ensino superior à distância recebeu 2.814 matrículas no ano passado, um aumento de 39% em comparação com 2020 quando pouco mais de 2 mil pessoas se matricularam. Neste municípios não há educação 100% presencial.
Rio Bom está entre os municípios que ofertam a modalidade, registrando 373 matrículas no ano passado, um aumento de 29%. Para a gestora do polo da Unifatecie, Sara dos Santos Almeida, esse crescimento reflete a necessidade dos estudantes de conciliar os estudos com a rotina. “O EAD veio para abrir novos horizontes. A necessidade de poder estudar no nosso tempo e conseguir conciliar a rotina aumentou cada vez mais”, afirma.
Diante da expansão da modalidade, o Ministério da Educação (MEC) anunciou em maio a Nova Política de Educação à Distância, buscando regular a qualidade das graduações. “Com o novo marco regulatório, as aulas não serão mais 100% online. Serão semipresenciais, e todos os cursos terão provas aplicadas nos polos”, explica.
Para Sara, essa mudança ajudará a agregar valor ao ensino à distância, desfazendo a crença de a modalidade não é eficaz. “O conhecimento é o mesmo, o material é o mesmo, e os professores são muito capacitados. O EAD é uma tendência que vai continuar aumentando”, assinala.