A colheita do milho safrinha deve movimentar mais de R$ 1 bilhão nos Núcleos Regionais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) de Apucarana e Ivaiporã. Somadas, as duas regiões, que abrangem 28 municípios, colheram aproximadamente 1,2 milhão de toneladas do grão, resultado atribuído ao aumento da produtividade e às condições climáticas mais favoráveis em comparação ao ano anterior.
Na região de Ivaiporã, que abrange 15 municípios, o milho foi cultivado em 120 mil hectares com rendimento médio de 6.198 quilos por hectare, com uma produção total estimada em 743,7 mil toneladas. Com o preço médio da saca em R$ 53, a safra gerou cerca de R$ 657 milhões.
Já o trigo, plantado em 41.388 hectares, teve média de 3.347 quilos por hectare, somando 138,5 mil toneladas colhidas. Com o preço médio de R$ 64 por saca, o cereal movimentou aproximadamente R$ 147 milhões.
De acordo com o engenheiro agrônomo Sérgio Carlos Empinotti, do Deral em Ivaiporã, os resultados ficaram dentro do esperado. “O milho foi muito bem, acima da média. O pessoal plantou na hora certa, e o tempo ajudou, com poucas adversidades climáticas”, explicou.
Empinotti também destacou o bom desempenho do trigo. “Foi um ano bom para a cultura. Os produtores mais tradicionais, com estrutura e manejo adequados, conseguiram ótimos resultados. Houve pouca ocorrência de doenças, e o clima contribuiu bastante”, afirmou.
Sobre os preços, o engenheiro agrônomo avaliou que ficaram abaixo do esperado pelos produtores. “O produtor esperava preços melhores, mas é normal cair na época de safra, quando há mais oferta. As indústrias estavam bem abastecidas e compram conforme a necessidade”, observou.
Segundo ele, cerca de 70% do trigo e 80% do milho já foram comercializados. “Alguns produtores seguraram o produto esperando uma melhora nas cotações. Mas, de modo geral, foi bom para o produtor. Quem manejou bem a lavoura teve lucro”, disse.
APUCARANA
No Núcleo Regional de Apucarana, que atende 13 municípios, a colheita do milho 2ª safra também foi expressiva. A produção atingiu 461 mil toneladas em uma área de 79.500 hectares, o que deve movimentar aproximadamente R$ 407,2 milhões, conforme o Deral.
Segundo o técnico do Deral, Adriano Nunomura, o desempenho da produção cresceu 33% em comparação a safra anterior quando foram colhidas 341 mil toneladas. A melhora se deve tanto ao aumento da área plantada quanto ao clima mais propício à cultura.
Mesmo com a geada registrada em junho, que prejudicou parte das lavouras na fase de enchimento de grãos, o rendimento atual supera o ano anterior, passando de 5.250 kg/h para 5.800 kg/ha. “Esse aumento foi devido à área maior deste ano e ao rendimento maior, devido às condições climáticas mais favoráveis que a do ano anterior, que sofreu com longos períodos de seca”, avalia Nunomura.