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Números de mortes nas rodovias federais cresceu 8,2%em 2024

Da Redação

| Edição de 16 de janeiro de 2025 | Atualizado em 16 de janeiro de 2025

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Seiscentas e cinco pessoas perderam a vida nas rodovias federais do Paraná no ano passado. O número de vítimas é 8,2% maior do que o de 2023, quando 559 pessoas morreram. Os dados constam em balanço divulgado ontem pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). A alta nas mortes é puxada, principalmente, por dois tipos de acidentes: as colisões frontais e os atropelamentos de pedestres.

A colisão frontal segue como o acidente mais fatal no Estado. Apesar de representar apenas 6,3% do total de sinistros, foi responsável por 181 mortes, cerca de 30% do total. Segundo a corporação, esse tipo de colisão ocorre, principalmente, devido a ultrapassagens proibidas ou malsucedidas, e ao excesso de velocidade. Em 2023, quando já eram uma preocupação, as colisões frontais foram responsáveis por 151 mortes, 27% do total.

A segunda maior causa de morte no trânsito foram os atropelamentos. Correspondendo a apenas 4,3% dos sinistros, com 312 registros, os atropelamentos resultaram na morte de 97 pessoas, 16% do total.

“As causas das ocorrências geralmente são multifatoriais, envolvem mais de uma causa ao mesmo tempo. E a redução dos índices de violência no trânsito brasileiro não depende apenas da polícia”, afirma o superintendente da PRF Paraná, Fernando César Oliveira,

Os atropelamentos, por exemplo, têm relação direta com a falta de luminosidade natural. Oito em cada dez mortes de pedestres ocorreram à noite ou em horários propícios ao ofuscamento da visão, como o amanhecer e o anoitecer. Dos 212 atropelamentos que ocorreram nesses horários, 189 foram em locais sem iluminação artificial.

Homens seguem como o grupo de maior risco no trânsito, representando 81% dos óbitos registrados.

A faixa etária de maior incidência de mortes foi a de 30 a 39 anos, com 121 óbitos, representando 20% do total. Entretanto, a faixa de 20 a 29 é a que mais se envolve em sinistros, representando 22% do total.

JOVENS

Outro dado que chama a atenção no balanço é o aumento de jovens de 29 a 39 anos se envolvendo em acidentes. “Aos finais de semana os dados de mortalidade aumentam, sexta, sábado e domingo são os dias da semana onde há maior número de óbitos e uma hipótese para justificar, para explicar esse dado é o consumo de bebida alcoólica. Além disso, os jovens também utilizam mais motocicleta e a cada cinco óbitos, um envolve o ocupante de motocicleta”, afirma.