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Padre de Apucarana faz campanha para ajudar pobres na África

Cindy Santos

| Edição de 16 de fevereiro de 2024 | Atualizado em 16 de fevereiro de 2024
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O padre Devanil Ferreira, de Apucarana, lançou uma campanha para financiar a construção de um refeitório destinado à população carente do povoado de Marara, em Moçambique, um dos países mais pobres do mundo. Ferreira pertence à Congregação dos Padres Oblatos de São José e está  há quase uma década atuando no distrito da Província de Tete, no país do continente africano. 

Durante suas férias, em Apucarana, ele pretende arrecadar fundos para a viabilizar a construção de um refeitório com 30 metros de comprimento e 15 de largura no povoado. Além da obra, a campanha também pretende custear a compra de utensílios domésticos.

“Diante de tamanha pobreza o trabalho religioso é mais difícil de ser executado. O custo de vida é alto e o dinheiro naquele país é desvalorizado. Necessitamos muito de doadores internacionais. A evangelização também precisa desse investimento”, comenta.

De acordo com Ferreira, atualmente, 1 metical está valendo o equivalente a R$ 0,07. Deste modo, com R$ 1 brasileiro é possível adquirir quase 13 meticais. “Quantos reais você gasta por dia? Porque as pessoas não pensam em quanto gastam por dia. Em Moçambique temos uma escola com 1,5 mil alunos e um internato com 100 jovens que têm alimento fornecido por nós. Cada um desses jovens consome por dia o equivalente a R$ 5 para café da manhã, almoço e jantar. Se você comer uma coxinha, você comeu uma refeição toda de um moçambicano”, avalia.

As doações podem ser direcionadas ao Santuário São José de Apucarana, direto com o padre Antônio Luiz, reitor do santuário ou na secretaria da paróquia.

Ferreira é pároco da Paróquia Imaculada Conceição de Marara. No povoado não existem ruas nem asfalto e as casas são de “pau a pique”. Para atender aos cerca de 80 mil habitantes, há uma unidade de saúde e apenas duas escolas. Existe uma feira livre e, para acessar um supermercado, é necessário caminhar 80 quilômetros. Luz, água encanada e internet são artigos de luxo, acessados por poucas pessoas. “Mesmo com as dificuldades e a pobreza, que é muito grande, as pessoas têm uma boa participação”, afirma.(CINDY SANTOS)