O Paraná figura entre os estados com maior equilíbrio na distribuição de renda do País, segundo os resultados do módulo Trabalho e Rendimento do Censo 2022, divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado registrou Índice de Gini – criado para medir a concentração de renda – de 0,482, o segundo menor do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina (0,452), enquanto o indicador nacional foi de 0,542. Quanto menor o índice, menor é a desigualdade de renda.
O levantamento mostra que o Paraná combina baixo nível de desigualdade com alto índice de ocupação e renda média acima da nacional. Enquanto o rendimento médio mensal das pessoas ocupadas no País foi de R$ 2.850,64, a média do Paraná foi de R$ 3.151,59, o que representa um rendimento médio 9,55% acima do patamar brasileiro.
Com 60,3% das pessoas de 14 anos ou mais ocupadas, o Paraná aparece entre os quatro estados com maior nível de ocupação do Brasil, ao lado de Santa Catarina (63,5%), Distrito Federal (60,4%) e empatado com Mato Grosso (60,3%).
Além disso, o Estado registra baixo percentual de população com renda muito baixa: apenas 5,7% dos moradores vivem em domicílios com rendimento per capita de até um quarto de salário mínimo, contra 13,3% no Brasil. O resultado coloca o Paraná na vice-liderança nacional, atrás apenas de Santa Catarina, cuja proporção é de 3,8%.
PERFIL DOS EMPREGADOS
O nível de ocupação no Paraná foi mais elevado entre pessoas que têm de 25 a 49 anos, alcançando 80,5% na faixa de 35 a 39 anos, 80,1% entre 40 e 44 anos e 79,8% entre 30 e 34 anos. Já os menores índices foram registrados entre os adolescentes de 14 a 17 anos (15,7%) e os idosos com 65 anos ou mais (18,9%).
A população ocupada paranaense se concentrou principalmente entre trabalhadores dos serviços e comércio (18,3%), ocupações elementares (16,4%) e trabalhadores qualificados da construção e ofícios mecânicos (14,1%).
As mulheres se destacam entre profissionais de apoio administrativo (65,1%) e na área das ciências e intelectuais (61,3%). Elas também são maioria nas chamadas ocupações elementares – que são aquelas que não requerem uma qualificação específica, representando 66,4% do contingente ocupado. Em sentido oposto, as menores participações femininas foram observadas nas forças de segurança (7,8%) e entre operadores de máquinas e montadores (8,2%).