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PC investiga atropelamento que deixou jovem gravemente ferida

Da Redação

| Edição de 17 de março de 2025 | Atualizado em 17 de março de 2025

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A Polícia Civil investiga atropelamento que resultou em ferimentos graves em uma jovem de 19 anos, na madrugada do último sábado, no Residencial Solo Sagrado, em Apucarana. O atropelador é o namorado da vítima, George Lucas Pereira Lins Fernandes, de 25 anos, que fugiu do local sem prestar socorro à vítima e foi preso horas depois do crime, mas alega que não . Até o fechamento desta edição, a vítima permanecia internada em estado grave no Hospital da Providência.

De acordo com testemunhas, a vítima estava atrás do veículo segurando sua filha de dois anos no colo quando o motorista engatou a marcha à ré, arrastando-a. A jovem conseguiu lançar a criança para o lado mas foi arrastada por aproximadamente 120 metros.

Em depoimento à Polícia Civil, Fernandes alegou que o atropelamento foi acidental e que estava fugindo de uma briga. Ele contou que estava com a namorada em uma lanchonete no Solo Sagrado e confirmou que havia ingerido bebida alcoólica. A confusão começou após o jovem se dispor a ajudar o entregador do estabelecimento, que não havia conseguido entregar um lanche. George alega que acompanhou o trabalhador até a residência, abriu o portão e deixou o lanche. No entanto, quando voltou para a lanchonete, o proprietário não gostou da atitude e mandou que George voltasse para buscar o pedido, e assim disse que fez. Quando retornou para o estabelecimento, o jovem alega que foi empurrado.

“Ele começou a me empurrar e eu não sabia o que fazer. Apareceu um vizinho, não sei de onde era esse homem, mas veio me empurrando também, então eu só desci correndo e peguei meu carro e acelerei”, disse em depoimento.

Mesmo diante dos gritos das pessoas e da própria vítima, o jovem afirma que não ouviu nada e seguiu arrastando sua namorada. A delegada Luana Lopes, da Delegacia da Mulher, informou que a polícia não conseguiu ouvir a vítima, pois ela está entubada na UTI do Hospital da Providência e aguarda vaga na ala de queimados.

“George autorizou que verificássemos as mensagens no celular e seu itinerário de fuga para que a gente possa verificar se ele tinha consciência ou não de que era a sua namorada presa no veículo para que a gente possa tipificar na tentativa de homicídio ou feminicídio. Que ele tinha consciência de que passou em cima de alguma coisa, ele tinha”, acredita a delegada.

A polícia segue ouvindo testemunhas para concluir a investigação e a classificação do crime que pode configurar tentativa de feminicídio ou homicídio. O veículo envolvido no caso foi encaminhado para perícia junto a Polícia Científica.

O QUE DIZ A DEFESA

A advogada Jakeline Aguera, que atua na defesa de Fernandes, afirma que o atropelamento foi acidental, tanto que reuniu várias testemunhas para confirmar a versão de seu cliente. “Apesar de algumas pessoas estarem no local e pedirem para ele parar o veículo, George não ouviu e pensou que estavam seguindo o veículo em razão da briga”, explica.

A defesa também ressalta que seu cliente entregou seu aparelho celular para polícia com mensagens que comprovam que ele foi informado por terceiros a respeito do atropelamento da vítima. A advogada afirma ainda tomará as providências cabíveis contra autores de comentários com incitação ao crime e ameaças contra o Fernandes que se espalham pelas redes sociais desde que o caso ganhou repercussão.