A Justiça Eleitoral de Apucarana determinou nulidade dos votos obtidos pela Federação Rede/PSOL na eleição para vereadores de 2024. A sentença, assinada pelo juiz Rogério Tragibo de Campos, titular da 28ª Zona Eleitoral, publicada ontem, determina a retotalização dos votos válidos com o devido recálculo do quociente eleitoral e partidário e pode alterar a atual composição da Câmara de Vereadores. Consta na decisão, que as determinações só serão adotadas após trânsito em julgado.
A sentença foi proferida em ação de investigação eleitoral, impetrada por uma candidata a vereadora do PSD, que alegou fraude de gênero referente a uma das candidatas da Federação Rede/PSOL. Na sentença, a Justiça acatou a tese de candidatura laranja e as provas apresentadas.
Segundo fontes ouvidas pelo TNOnline, a retotalização dos votos e alteração do quociente eleitoral, nesse caso, afeta o mandato do vereador Luis Vilas Boas (PDT), que pode perder a cadeira, entrando em seu lugar o médico Dr. Odarlone (PT), candidato mais votado no pleito.
A defesa do diretório municipal do Rede/PSOL afirmou que deve se reunir com a direção do partido para analisar os próximos passos. “Vamos sentar com a direção do partido para ver qual rumo será tomado a partir de agora”, afirma o advogado Petrônio Cardoso.
OUTRAS AÇÕES
A decisão desta quinta se soma a outros julgados da Justiça Eleitoral de Apucarana sobre fraude à cota de gênero. No último dia 16, a mesma instância determinou a anulação, apos trânsito em julgado, dos votos do Democracia Cristã (DC), que elegeu o vereador Adan Lenharo. A sentença também determina retotalização dos votos válidos e o recálculo dos quocientes eleitoral e afeta também os mandatos de Luciano Facchiano (Agir) e Luiz Vilas Boas (PDT).