A Polícia Civil de Apucarana instaurou um inquérito para investigar a morte de um idoso de 63 anos, ocorrida na última sexta-feira (22), no Hospital da Providência. O homem estava internado há cerca de 15 dias e morreu no dia em que receberia alta médica. Segundo o delegado adjunto da 17ª Subdivisão Policial (SDP), o delegado André Garcia, as circunstâncias da morte são consideradas atípicas.
“Um senhor de 63 anos, que estava prestes a receber alta médica, acabou morrendo. Ao que tudo indica, durante os preparativos finais, houve um contato inadequado do oxigênio com o acesso intravenoso central do paciente, o que pode ter provocado uma embolia gasosa”, explicou.
Garcia detalhou que todos os envolvidos foram ouvidos. “Acompanhantes e funcionários negam qualquer ação intencional. Inicialmente, os equipamentos foram corretamente instalados pela equipe de enfermagem, mas suspeitamos que alguém que não faz parte do quadro do hospital possa ter interferido por engano”, disse o delegado.
O corpo do idoso foi recolhido pelo IML de Apucarana, e o laudo da necropsia é aguardado. “O inquérito foi instaurado como homicídio culposo, mas poderemos reclassificar o caso conforme o avanço das investigações”, afirmou Andre Garcia.
A Polícia Civil ressaltou que todas as diligências contaram com a colaboração do Hospital da Providência, que disponibilizou perícia no leito e recolhimento dos equipamentos envolvidos.
Em nota, o Hospital da Providência informou que durante o atendimento de emergência, um membro da equipe constatou que os dispositivos de suporte do paciente estavam trocados e, segundo relatos prestados posteriormente pelas acompanhantes presentes, a acompanhante do referido paciente solicitou auxílio à acompanhante do paciente ao lado para a troca de vestimenta, o que, obrigatoriamente, exige a manipulação dos dispositivos de suporte.
“Ressaltamos que a equipe do Hospital foi quem procurou imediatamente a Polícia Civil e registrou o boletim de ocorrência. O Hospital mantém protocolos assistenciais e que tais dispositivos não devem, em hipótese alguma, ser manipulados por pessoas não habilitadas. O ocorrido será objeto de apuração interna, com as medidas cabíveis já em andamento”, diz a nota. (LIS KATO)