A Polícia Civil de Apucarana tenta identificar o corpo de um homem encontrado parcialmente desenterrado na manhã de ontem no Jardim Colonial, zona leste da cidade. Apesar da vítima ainda não ter sido identificada, as autoridades tratam o caso como homicídio, dadas as características do corpo, que estava com os pés e mãos amarradas.
Segundo o delegado-adjunto da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, André Garcia, o cadáver foi encontrado no final da manhã já em estado de decomposição. “Nós não temos dúvida de que se trata de mais um homicídio. O primeiro passo agora é identificar quem se trata esse homem”, disse o delegado, afirmando que o crime pode ter ligação com a “guerra do tráfico” na cidade.
O corpo estava parcialmente enterrado em um terreno não edificado na Rua Sargento Max Wolff Filho, em um local com poucas residências próximas conhecido como Lagoa Seca. A Polícia Científica e o Instituto Médico Legal (IML) também foram acionados.
A Polícia Civil foi acionada pela Guarda Civil Municipal (GCM), que foi procurada inicialmente por moradores que denunciaram a localização do corpo.
“Agora, com a remoção desse corpo, nós constatamos que se trata de um homem. Não dá para precisar a idade, mas certamente é um cadáver do sexo masculino que estava amarrado com mãos e pés atados por lençóis”, disse André Garcia.
Segundo o delegado, o corpo estava envolto também em um outro lençol. “Acreditamos que ele foi completamente enterrado. No entanto, muito provavelmente por conta da ação de animais, a parte do crânio foi desenterrada. Isso que permitiu a localização”, assinalou. Segundo o delegado, não há nenhuma pessoa desaparecida no município no período estimado da morte.
O delegado pede apoio da população com denúncias. “Se alguém tiver a informação de que algum vizinho, um parente, está desaparecido há pelo quatro ou cinco dias, entre em contato com a Polícia Civil para que nós possamos identificar a vítima. Esse é o passo inicial da investigação e depois vamos trabalhar de forma retrospectiva, no sentido de identificar quem trouxe esse corpo aqui, onde estava essa vítima antes de ser morta e qual a motivação do crime”, pontuou.
Ele afirma que a principal hipótese é do crime ligado à “guerra do tráfico”, mas outras possibilidades serão apuradas. “Posso afirmar categoricamente que todos esses homicídios estão intimamente ligados ao narcotráfico e são homicídios que não são de fácil elucidação. No entanto, nós estamos trabalhando desde que tomamos conhecimento de cada homicídio. A resposta nem sempre vem no tempo que desejamos, uma vez que a investigação é muito técnica e, às vezes, demanda um trabalho de perícia e uma série de diligências”, concluiu.