O‘tempero’ do Vale do Ivaí já garantiu espaço na Feira Sabores do Paraná 2025, que vai acontecer entre 21 e 24 de agosto, no Centro de Eventos Positivo, no Parque Barigui, em Curitiba, e que abre espaço para diversos produtores que carregam uma longa trajetória até poderem comercializar seus produtos na feira.
É o caso da Lilian Clara de Souza, proprietária do Rancho Zulian, que toca a agroindústria sozinha há cinco anos em Rio Branco do Ivaí, e que começou com a produção de queijos, inspirada pela sua avó. Logo, o sabor chamou a atenção da prefeitura, mas que logo se uniu a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná) na luta para alavancar o negócio.
Com ajuda, o rancho Zulian se tornou referência na produção de queijos de qualidade e pratos de sabores inconfundíveis por todo o Estado. O Rancho Zulian vai levar à Feira Sabores do Paraná, produtos premiados como o Queijo Morro da Pedra, que ganhou medalha de ouro no Concurso Prêmio Queijos Paraná e ouro no Prêmio Queijos Brasil; o Queijo Amanhecer do Vale, medalha de bronze no Prêmio Queijo Brasil; e o prato Caipiraço que recentemente ganhou o prêmio de Melhor Prato Salgado durante o 8º Inverno Gastronômico, em Roncador. Famoso, o prato traz carne de porco defumada, polenta sapecada com queijo premiado do rancho e salada
Para garantir a qualidade e sanidade dos produtos, a produtora, com a ajuda da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), já garantiu o certificado de propriedade livre de brucelose e tuberculose, que é exposto logo na entrada do rancho, que também é uma opção para turismo rural.
Ao chegar tão longe com sua agroindústria, Lilian dá um recado para quem está começando. “Não dá para desistir. Por mais que seja difícil no começo, tem que continuar tentando” afirma.
Família unida em torno do café
Já o caso da família do Ravar é diferente, o cultivo de café segue na família há mais de 100 anos, hoje com a propriedade localizada em Jacutinga, distrito de Ivaiporã. Mas foi a iniciativa do Lucas Ravar, em 2018, que realizou o sonho de seu pai, Arcindo, de comercializar a produção, dando origem ao Café Ravar. A família planta, colhe, faz o beneficiamento, torra e moagem do café na agroindústria da família.
Filhos de Lisiane do Prado Ravar, uma das Mulheres do Café, Lucas, de 34 anos e seu irmão Douglas, de 32, administram o negócio da família, que também atraiu o interesse da esposa de Lucas, Bruna, de 27 anos. Os jovens quebraram paradigmas de tentar construir uma vida nas grandes cidades e alavancaram os cafés Ravar no pequeno distrito, mas que já são conhecidos em todo o Estado.
Os cafés da agroindústria também já foram premiados diversas vezes, conquistando o 2º lugar no Concurso Regional de Café do Jacutinga, em 2023; o 4º lugar no VI Concurso Café Qualidade Jacutinga – Ivaiporã, em 2022, e o 5º lugar na 16º edição do Concurso Café Qualidade Paraná, em 2018, entre outros concursos.
A família Ravar também trabalha em parceria com as Mulheres do Café do Vale do Ivaí, onde, juntamente com um dos técnicos do IDR-Paraná, fazem as provas da bebida e, voluntariamente, adquirem os lotes com as maiores pontuações para fazer o processamento e a torra para venda, com uma embalagem especial e qualidade garantida.