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Profanação em sacrário gera revolta em igreja de Ivaiporã

Da Redação

| Edição de 19 de dezembro de 2023 | Atualizado em 19 de dezembro de 2023
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Um ato de profanação da Sagrada Eucaristia, registrado na madrugada de ontem na Paróquia Santíssima Mãe de Deus, em Ivaiporã, gerou indignação na comunidade católica de toda a região. O bispo da Diocese de Apucarana, Dom Carlos José de Oliveira, divulgou uma nota lamentando o caso. 

O sacrário da igreja matriz foi violado e uma âmbula dourada, recipiente onde são armazenadas as hóstias consagradas, foi furtada pelo criminoso. Não foi confirmado se hóstias também foram levadas.

O bispo informou, na nota oficial, que as missas e celebrações realizadas nesta semana na paróquia contarão com um Ato de Desagravo ao Cristo Eucarístico em virtude do ocorrido. Ele também pediu que todos os fiéis se unam “em oração por este doloroso fato”.

A Diocese de Apucarana anunciou ainda que, na próxima sexta-feira (22), às 19h30, será celebrada uma Santa Missa, onde será realizado o “Ato de Reparação” usando o devido rito litúrgico.

A reportagem da Tribuna esteve em Ivaiporã e conversou com o diácono Jair Anacleto, que foi um dos primeiros a constatar o furto. 

Ele relatou que, ao chegar à igreja para a missa, por volta das 6 horas, encontrou uma janela aberta nas proximidades ao local onde foi instalado o presépio. A estrutura estava em desordem, com algumas peças e imagens derrubadas. 

Logo em seguida, ele observou que o sacrário também estava aberto, com algumas hóstias dentro dele e três caídas fora. Também foi percebido que alguém tinha mexido na parte do som, de onde havia sumido alguns cabos de microfone.

O diácono acredita que o ladrão tenha entrado na igreja com o intuito de furtar apenas alguns objetos de valor. “Penso que ele acreditou que a âmbula tinha um grande valor. A princípio, pensávamos que seria por causa das hóstias, mas como também sumiram os cabos, acreditamos que seja por causa do valor”. Para ele, a profanação ao sacrário gera uma dor profunda. “Para nós, Cristo está verdadeiramente na Eucaristia”, lamentou. 

Carmelita Castilho, que trabalha na Casa Paroquial, diz que não consegue compreender por que alguém furtaria uma âmbula contendo as hóstias. “Será que no momento em que ele estava ali não tocou nele (o amor de Cristo), é isso que a gente fica imaginando. É muito triste e revoltante, porque a gente não sabe o que essa pessoa fez com as hóstias”, lamentou.