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Programa de intercâmbio vai atender 2 mil alunos em 2026

Da Redação

| Edição de 19 de dezembro de 2025 | Atualizado em 19 de dezembro de 2025

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Neste ano, o Ganhando o Mundo teve sua maior edição enviando 1,3 mil alunos paranaenses para estudarem durante um semestre letivo em países da América do Norte, Europa e Oceania.

Vindos de todas as regiões do Estado, os alunos viajaram para o Canadá (500), Irlanda (150), Reino Unido (150), Nova Zelândia (200) e Austrália (200). Outros 100 foram aos Estados Unidos por meio da primeira edição do Ganhando o Mundo Agrícola, que teve como foco estudantes da rede pública de cursos técnicos agrícolas. O total investido nesta edição do programa pelo Governo do Estado chegou a R$ 128 milhões.

“O Ganhando o Mundo começou em 2022 com o propósito de mudar a educação paranaense”, lembra o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda. “Hoje, quatro edições depois, podemos dizer com certeza que esse objetivo foi cumprido. Não só permitimos o contato de nossos alunos com outras culturas e práticas educacionais, mas possibilitamos experiências transformadoras para cada um deles”.

O programa, que começou levando 200 alunos para o Canadá e a Nova Zelândia, terá em 2026 o maior número de inscritos de sua história: serão 2 mil intercambistas que terão a oportunidade de vivenciar a rede de ensino de cinco países de língua inglesa: mil alunos vão para o Canadá, 300 para a Irlanda, 300 para a Nova Zelândia, 200 para o Reino Unido e 200 para a Austrália.

Como em todas as demais edições do programa, a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) custeará todas as despesas, desde a emissão de vistos e passaportes, passando por transporte, alimentação e hospedagem, até a mensalidade da escola no exterior. Além disso, fornecerá um auxílio mensal de R$ 800 para os estudantes durante o período de intercâmbio. O investimento total para esta edição é de R$180 milhões.

Os embarques começam já no início de janeiro e continuam até o segundo semestre de 2026.

LUNARDELLI

Para Izabella Maria Fernandes dos Santos (17), estudante do Colégio Estadual Ricardo Lunardelli, de Porecatu, norte do estado, a oportunidade oferecida pelo programa é de extrema importância para a formação dos estudantes. No início do mês de dezembro, ela retornou ao Brasil após estudar por seis meses na Austrália.

“O nível da fluência no inglês é incomparável”, observa a estudante, que frequentou o Elizabeth College, na cidade de Hobart, no sudeste do país.

“Também percebi um contraste muito grande em mim mesma, conforme o tempo ia passando, em questão de ganhar confiança e responsabilidade. A gente acaba crescendo como muito pessoa”, reflete.

A percepção é compartilhada por Lucas Fajardo Bonato (17), do Colégio Estadual Durval Ramos Filho, de Andirá, no norte pioneiro, que vê o amadurecimento como principal legado de sua participação no Ganhando o Mundo. Ele, que também voltou da Austrália, se diz totalmente mudado.

“Você conhece novas pessoas, novas culturas e novos lugares. É impossível passar por essas experiências e voltar o mesmo”, conclui ele.