A chegada das festas de fim de ano reacende um alerta: o perigo dos fogos de artifício para os animais. Com uma audição significativamente mais aguçada que a humana, cães e animais silvestres são as principais vítimas da poluição sonora, sofrendo com pânico, desorientação e risco iminente de morte, especialmente no Réveillon.
O impacto imediato das explosões nos animais é o desespero. Sem compreender a origem do som, cães tendem a entrar em estado de pânico. A reação instintiva é a fuga, o que frequentemente resulta em animais que escapam de suas casas, se perdem ou acabam atropelados em vias públicas ao tentarem se distanciar do barulho.
O biólogo Fernando Felipe, diretor do Centro Municipal de Saúde Animal (Cemsa), orienta que nos momentos de queima de fogos é necessária a prevenção através do isolamento. A recomendação é acomodar o animal em um ambiente seguro, como um quarto ou banheiro, onde ele se sinta protegido. Algumas medidas práticas podem reduzir o impacto do som, como manter utilizar barreiras físicas, como colocar um colchão encostado na porta para abafar o som externo, e permanecer junto ao animal, oferecendo atenção e calma durante o pico dos barulhos.
Diante da imprevisibilidade das comemorações alheias, conhecer o comportamento do próprio animal e preparar um “refúgio” seguro dentro de casa continua é também uma estratégia para evitar fugas e ferimentos durante as celebrações. (Gaby Campos)