A economia regional gerou mais de 4 mil postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre deste ano. O saldo é a diferença entre 33,6 mil admissões e 29,4 mil desligamentos e corresponde a uma alta de 20% no comparativo com o ano passado, no mesmo período, quando a região criou 3,4 mil vagas. Os dados são do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O setor de prestação de serviço foi responsável por criar mais da metade das vagas deste ano, com 2,2 mil postos de trabalho, a maioria na área de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias e administrativas, com 991 vagas. Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais garantiram mais 810 vagas.
Mais 1,4 mil empregos são da indústria de transformação, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios com 538 postos, fabricação de móveis com 244 e confecção de artigos do vestiário com 246. Outras contribuições vieram da construção civil (232), comércio (179) e agropecuária (40).
Os maiores saldos da região são de Arapongas, Apucarana, Jandaia do Sul e Ivaiporã, totalizando 21 municípios com desempenho positivo. Outros cinco municípios tiveram saldos negativos (veja o infográfico).
“O aumento na geração de empregos está diretamente ligado às expectativas positivas da economia”, afirma o economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Apucarana.
De acordo com ele, cidades como Arapongas, Apucarana e Jandaia do Sul se destacam na geração de empregos porque abrigam empresas com atuação expressiva no mercado externo. “Paralelamente, a economia interna também apresenta sinais de aquecimento, estimulando os empresários a retomarem e investirem em projetos anteriormente paralisados”, analisa o economista.
Na opinião de Cruz, o crescimento da renda, emprego e massa salarial dão boas expectativas para o segundo semestre, além da estabilidade inflacionária que pode impulsionar novos investimentos e levar a um recorde de crescimento.
JUNHO
A região registrou 4,9 mil admissões e 4,5 mil demissões em junho, resultando em saldo de 469 postos de trabalho, a maioria criada pelo segmento de prestação de serviços e pela indústria. O saldo, entretanto, representa uma queda de 36% em comparação com junho do ano passado. Os maiores saldos são de Arapongas (140), Apucarana (120) e Arapuã (48).
Paraná tem 3º maior saldo de empregos
O Paraná encerrou o primeiro semestre de 2025 com 94.219 novas vagas de trabalho com carteira assinada, o que coloca o Estado como o terceiro maior gerador de empregos do Brasil no ano, até o momento. A informação consta nos dados mais recentes do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (4) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O saldo de empregos do Paraná é o resultado de 1.085.555 admissões e de 991.336 demissões ocorridas entre janeiro e junho deste ano. O desempenho foi o melhor da região Sul, à frente de Santa Catarina (80.381) e Rio Grande do Sul (76.368), ficando atrás apenas do saldo de São Paulo (349.904) e de Minas Gerais (149.282) no mesmo período.
Nos seis primeiros meses deste ano no Paraná, o setor de serviços foi o que mais contratou, com 50.434 novos postos de trabalho gerados. Com 21.610 vagas, a indústria teve o segundo melhor resultado, seguida pelo comércio (10.902 vagas), a construção civil (9.034) e a agropecuária (2.219)