Móveis, tecidos, açúcar, adubos, baterias. Com uma pauta de exportações variada, os onze municípios da região com vendas externas alcançaram um faturamento de US$ 212,2 milhões em 2024. O balanço, elaborado com base em informações do sistema Comex Stat, portal de acesso às estatísticas de comércio internacional do Governo Federal, aponta para um crescimento de 10% no valor exportado, no comparativo com ano anterior, fechado em US$ 192,96 milhões.
Arapongas encerrou ano como município da região com maior volume de vendas externas, totalizando US$ 78,1 milhões. Mais de 70% das vendas são do polo moveleiro.
Na sequência, a venda de leveduras colocou São Pedro do Ivaí na segunda posição do ranking regional de exportações, com vendas que somaram US$ 47,2 milhões entre janeiro e dezembro do ano passado.
Jandaia do Sul segue na terceira posição com faturamento de US$ 35,4 milhões com a venda de açúcar, álcool etílico, sidra, entre outros produtos, para 15 países.
Apucarana, que somou vendas de US$ 24,2 milhões no ano passado se destacou pela diversidade dos produtos exportados. As empresas da cidade comercializaram tecido - carro-chefe das exportações que representam 31% do total exportado -, couro, acumuladores de baterias, sorgo, calçados, molas, preparação para alimentação animal e adubos.
O economista e professor da Unespar, Rogério Ribeiro, destaca que além do valor exportado pela região ter crescido, o volume físico apresentou alta de 13,8%. Segundo ele, o bom desempenho das exportações pode ser explicado por dois motivos. “O primeiro, que serve para o quadro geral das exportações brasileiras tem relação com a taxa de câmbio maior que faz com que nossos produtos sejam mais baratos no mercado internacional”, diz, eles, acrescentando que o cenário gerou maior competitividade internacional, uma vez que a conjuntura internacional também apreciou a moeda americana.
“Daí que entra o segundo motivo: para aumentar o volume de vendas e, consequentemente, o valor total exportado, as empresas tiveram que reduzir os preços unitários de venda em dólar, ou seja, para fazer frente à concorrência internacional os produtos das empresas da região também tiveram preços reduzidos em dólar”, diz.
A maior competitividade não atrapalhou o desempenho. “As empresas buscaram a competitividade via preços por conta da alta da taxa de câmbio e assim puderam reduzir os preços em dólares, mantendo suas margens em moeda nacional. Foi um posicionamento estratégico específico das empresas locais frente à concorrência de outras regiões do país e de outras competidores internacionais”, comenta