Aregião atingiu a marca de 5,3 mil postos de trabalho com carteira assinada, criados entre janeiro a setembro deste ano. O saldo de empregos, referente a 28 municípios, foi puxado principalmente pelo segmento de prestação de serviços, que contratou 2,5 mil trabalhadores, e pela indústria, que colocou mais de 2 mil pessoas no mercado formal. Outras contribuições vieram da construção civil (275), comércio (222) e agropecuária (89). O saldo geral se manteve no mesmo patamar do ano passado, conforme mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados anteontem.
Arapongas mantém a liderança na geração de empregos com carteira assinada. Entre 20,7 mil admissões e 18,8 mil desligamentos, o município acumula 1,9 mil postos de trabalho. A maioria foi criada no setor de prestação de serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, seguido pela indústria de transformação, que inclui a fabricação de móveis, produtos alimentícios e químicos. O saldo araponguense é composto por 1.080 homens e 908 mulheres, a maioria com idade entre 18 a 24 anos e com ensino médio completo.
O segundo maior empregador da região é Apucarana, que colocou 1.191 pessoas no mercado formal. Os destaques são os setores de serviços (529), indústria (387) e a construção civil, que foi o setor que mais avançou no município, atingindo saldo de 279 vagas, quatro vezes maior que o mesmo período do ano passado.
No geral, a maioria dos municípios tiveram saldo positivo, com exceção de Rosário do Ivaí que perdeu 12 postos de trabalho.
SETEMBRO
Apesar do grande volume de empregos acumulados, o mês de setembro encerrou com o segundo pior desempenho do ano, com saldo de 266 vagas, perdendo apenas para maio, que teve apenas 103. No ano passado, setembro fechou com 464 postos de trabalho. Os maiores saldos são de Ivaiporã (87), Sabáudia (61) e Jandaia do Sul (45).
Segundo o economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), a geração de vagas foi impactada por turbulências econômicas ao longo do ano, afetando as expectativas e a decisão de novos investimentos por parte dos empresários.
Cruz acredita que, a longo prazo, pode haver carência de mão de obra qualificada e, por isso, a retenção e o treinamento de funcionários serão cruciais para a produtividade e o ganho dos empresários. Ele destaca a importância do emprego formal como garantia de renda, segurança para os trabalhadores e impulsionador do desenvolvimento local, além de ser fundamental para uma expectativa positiva de longo prazo.
“A infraestrutura e as parcerias locais são fundamentais, pois a articulação entre o município e o empresariado é que define a atração de novos investimentos de longo prazo”, salienta o economista.
Paraná tem 85% dos municípios com saldo positivo
Dos 399 municípios do Paraná, 341 registraram um volume de contratações de empregados com carteira assinada acima das demissões entre janeiro e setembro deste ano, segundo dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Isso significa que mais de 85% das cidades paranaenses têm saldo positivo de empregos no ano, um reflexo direto dos mais de 121 mil postos de trabalho formais gerados no Estado em 2025.
Curitiba lidera no volume total de contratações com um saldo de 24.983 empregos com carteira assinada – resultado de 449.286 admissões e 424.303 desligamentos nos nove primeiros meses deste ano. O índice foi puxado principalmente pelo setor de serviços, com 17.565 novas vagas abertas, e o comércio, com 4.041. O desempenho também coloca a Capital paranaense como a sexta cidade com maior número de empregos gerados em 2025.