O câncer de próstata ainda é a neoplasia maligna mais letal na região. O assunto ganha ainda mais relevância em novembro, mês marcado mundialmente pelo combate à doença. Levantamento da 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana traz 36 óbitos de pacientes entre janeiro a outubro deste ano. A doença foi responsável por 14,4% das 250 mortes por câncer em homens no período, estando a frente de neoplasias nos brônquios e pulmões, estômago e esôfago (veja o infográfico). Embora o número seja elevado, a quantidade de mortes por câncer de próstata caiu 16% neste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, quando 43 pacientes perderam a luta contra a doença na região. Os dados abrangem os 17 municípios que compõem a regional.
Segundo o médico superintendente de Atenção Primária de Saúde e coordenador da Comissão de Residência Médica da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) de Apucarana, Odarlone Orente, estatisticamente, o câncer de próstata é o tipo de neoplasia que mais acomete os homens e sem diagnóstico precoce, o quadro pode evoluir a óbito.
“Por se tratar de uma doença lenta em suas manifestações, muitas vezes o homem atribui alguns sintomas a outras causas e vai protelando a busca de ajuda. Somado a isso, existe a questão cultural, e poderia dizer até machista, em relação ao cuidado da com sua própria saúde. Depois o acesso aos serviços de saúde que nem sempre priorizam o acesso desse público entre outras questões”, analisa.
Na opinião do médico, campanhas como Novembro Azul, que conscientizam sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, têm impactado positivamente os dados, com a queda no número de mortes. “Campanhas como o Novembro Azul usam motes para atrair a população masculina e ajudam a diagnosticar mais cedo e impor o tratamento adequado e em muitos casos alcançar a cura”, destaca.
CUIDADOS
Entre os cuidados, o médico orienta manter uma alimentação balanceada rica em frutas e vegetais, evitar o consumo excessivo de embutidos e de álcool, cessar o uso do tabaco, realizar atividade física regularmente e ter momentos de lazer.
“Sintomas como dor ao urinar, aumento da frequência de urinar, fazer força para iniciar ato de urinar, sensação de que não esvaziou completamente a bexiga e ter que voltar para urinar, sangue na urina, sangue na ejaculação e dor lombar recorrente, perda de peso, entre outros são sintomas que devem alertar para a procura ao serviço de saúde”, alerta o médico.