Com queda expressiva em número de casos e atendimentos registrados, a Prefeitura de Apucarana vai desativar a partir da próxima semana o Pronto Atendimento 18 Horas da Dengue. No espaço, que fica localizado no prédio do Hospital de Apucarana, será instalado um Pronto Atendimento Infantil. O anúncio foi feito ontem em coletiva de imprensa com o prefeito Rodolfo Mota.
“Encerraremos as atividades do Pronto Atendimento 18 Horas a partir da próxima semana. No mesmo local, será inaugurado o Pronto Atendimento Infantil, que funcionará das 7h às 22h, de domingo a domingo, contando com pediatras e médicos com experiência no atendimento infantil. A entrada será pela porta principal do prédio. Fora do horário de atendimento do PAI, as crianças continuarão a ser atendidas na UPA”, afirmou Rodolfo Mota.
O prefeito acrescentou que Apucarana esperava por essa conquista há mais de vinte anos. “Nossa equipe está finalizando os preparativos, organizando a equipe de servidores e definindo os aspectos financeiros. A previsão é de que o PAI seja inaugurado dentro de quinze a vinte dias”, adiantou.
O secretário municipal de Saúde, médico Guilherme de Paula, destacou que a criação do PAI visa oferecer um serviço de saúde de melhor qualidade para as crianças da cidade. “Atualmente, os pais precisam levar seus filhos à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em casos de urgência e emergência. Com a inauguração da nova unidade, esses atendimentos serão realizados no PAI. A Clínica da Criança receberá melhorias e continuará funcionando, mas passará a atender somente consultas eletivas, agendadas previamente e encaminhadas pelos médicos das Unidades Básicas de Saúde (UBS)”, explicou.
DENGUE
Durante a coletiva, a prefeitura também apresentou números da dengue. De janeiro a maio de 2025, Apucarana registrou 1.754 casos confirmados. Entre os pacientes, 211 apresentaram dengue com sinais de alarme, necessitando de internação. O pico da doença ocorreu na 15ª semana epidemiológica, em abril.
Entre as ações realizadas pela Prefeitura de Apucarana no combate à dengue, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e o Exército Brasileiro, destacam-se a instalação de 427 ovitrampas — armadilhas usadas para monitorar a presença do mosquito Aedes aegypti —, a aplicação de dois ciclos de fumacê e o recolhimento de aproximadamente 325 toneladas de materiais inservíveis.
O secretário municipal de Saúde, Guilherme de Paula, reforçou a importância da continuidade das medidas preventivas. “Embora os números tenham diminuído, a população não pode relaxar. Pedimos que mantenham a atenção para evitar o acúmulo de água em residências e quintais. A partir de agora, quem precisar de atendimento para dengue deve procurar as UBS e, em casos mais graves, a UPA”, ressaltou.