Técnicos a serviço da Sanepar estão percorrendo ruas de Apucarana e vistoriando imóveis para checar qual o destino dado ao esgoto sanitário. Ao todo, serão vistoriados 6 mil imóveis nos próximos dois anos, principalmente na região do Lago Jaboti.
A principal preocupação é quanto aos danos ambientais, ocasionados especialmente pelo lançamento indevido de esgoto nas galerias pluviais, o que acaba contaminando cursos de água, como rios e lagos.
As vistorias começaram pela região central e seguirão pela Barra Funda e a região dos residenciais Jaboti, Cazarin, Jardins Menegazzo, Europa, Portal do Lago e Vila Martins, São Carlos, Vila Formosa e Região Parque Santo Expedito.
O trabalho consiste no uso de corantes em pontos de lançamento do esgoto dentro das residências, ou seja, em ralos da pia da cozinha, área de serviço, churrasqueira e banheiro, além de vasos sanitários. Cada área recebe um líquido de cor diferente, que deverá aparecer no fluxo normal da rede coletora de esgoto em frente ao imóvel. Na visita, os técnicos orientam os moradores quanto à correta interligação na rede coletora de esgoto.
O gerente regional da Sanepar em Apucarana, Luiz Carlos Jacovassi, explica que o procedimento também inclui o lançamento de corante nos ralos do quintal. “Estes pontos captam água da chuva e não devem estar ligados na rede de esgoto. A norma estabelece que a água do quintal vá para as galerias pluviais”, diz. “É um problema comum, infelizmente, a sobrecarga da nossa rede, em dias de chuva, justamente pela ligação irregular de calhas e ralos”, detalha.
Outra preocupação é o lançamento indevido de esgoto nas galerias pluviais. “Neste caso, pode haver dano ambiental importante porque o esgoto vai sem tratamento para os rios”, afirma Jacovassi.
O gerente da Sanepar lembra que clientes que ainda usam fossas também serão notificados, já que é lei interligar o imóvel na rede de esgoto disponível. “O objetivo principal da vistoria é orientar o cliente a fazer da forma correta. Notificamos, fazemos nova vistoria para checar se houve adequação e, caso não tenha sido tomada qualquer providência, aplicam-se sanções administrativas e é feito o encaminhamento dos casos para órgãos fiscalizadores ligados à saúde e ao meio ambiente”, resume.