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Saúde de Arapongas discute excesso de emissão de atestados

Da Redação

| Edição de 01 de agosto de 2025 | Atualizado em 01 de agosto de 2025

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De 1 de janeiro a 30 de julho, o município de Arapongas emitiu cerca de 34 mil atestados médicos – 23 mil somente nos Pronto Atendimentos 18h e 24h e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). As informações foram divulgadas na quinta-feira (31), à noite, durante reunião do prefeito Rafael Cita com a Secretaria de Saúde e cerca de 35 médicos das unidades.

Tanto o prefeito quanto o secretário da Saúde, Carlos Eduardo Arruda, garantiram que o município jamais se negará a fornecer atestado médico para as pessoas que realmente precisam, mas concordaram que o alto número é preocupante. “O prefeito não é médico. E, mesmo que fosse, ele não tem conduta médica para cortar ou colocar o atestado. O que eu quero entender é o que escuto de alguns médicos de que há até de uma pressão pelo fornecimento do atestado”, afirma Cita.

Os médicos se manifestaram dizendo que há pessoas que chegam a fazer ameaças para que o atestado seja emitido da forma como elas querem. Acompanhantes de pacientes também costumam exigir o documento. No encontro foi solicitado aos médicos que adotem como protocolo padrão a emissão de atestados somente via sistema da Prefeitura, coibindo falsificações.

O secretário de Saúde disse que a autonomia para emissão do atestado é do médico. “Se o paciente precisa do atestado, tem que dar mesmo. O que precisa, acrescentou ele, é que os atestados sejam emitidos conforme a real necessidade”, afirmou o secretário, acrescentando que quem procura a rede apenas para garantir atestado sobrecarrega a estrutura e penaliza aquelas que realmente precisam de atendimento médico.