O Paris Saint-Germain superou o Flamengo nos pênaltis para conquistar a Copa Intercontinental ontem, no Catar. Equilibrado, o duelo foi definido nas penalidades depois de empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação. O desfecho foi favorável ao campeão europeu graças ao goleiro russo Matvei Safonov, o improvável herói que era reserva e pegou quatro cobranças.
Apenas De la Cruz converteu a sua cobrança. Todos os outros flamenguistas cobraram mal e pararam em Safonov, que fez apenas seu quatro jogo no ano. O PSG converteu com Vitinha e Nuno Mendes. Com a bola rolando, Kvaratskhelia e Jorginho foram às redes.
Trata-se da primeira taça da Copa Intercontinental que levanta o PSG, que fecha o ano mágico com mais um troféu. Também ganhou Champions League, Campeonato Francês, Supercopa da França, Copa da França e Supercopa da Europa.
O PSG dominou todo o primeiro tempo. Ainda que não tenha sido um massacre, o campeão europeu controlou a partida e foi superior em todas as estatísticas. Depois de pressionar e ocupar o campo de ataque, se valeu de um erro de Rossi para abrir o placar.
As duas graves falhas no jogo foram cometidas pelo goleiro argentino. Ele entregou de graça a bola aos franceses ao tentar evitar um escanteio. Fabián Ruiz mandou para a rede. Sorte de Rossi que a bola havia saído, como atestou o árbitro de vídeo, e o gol foi anulado.
Mas nem o juiz nem o VAR salvaram o goleiro quando seu desvio com a mão em passe de Doué ajudou Kvaratskhelia, que empurrou para o gol.
Com dificuldade para a transição ofensiva, o Flamengo ameaçou nas poucas brechas que encontrou, em tentativas de Pulgar.
O PSG tinha o jogo controlado. O cenário indicava que levaria a taça sem intercorrências. Mas uma falha do zagueiro brasileiro Marquinhos no começo da segunda etapa recolocou o Flamengo no jogo.
Capitão do time, o defensor deu um toque na canela de Arrascaeta, suficiente para o juiz americano Ismail Elfath considerar pênalti depois de rever o lance no monitor do VAR. Jorginho esperou Safonov escolher o canto direito e bateu no esquerdo.
O gol deixou confiante a equipe brasileira, que encontrou bastante espaço para contra-atacar.
Preocupado, o técnico Luis Enrique acionou o melhor jogador do mundo eleito pela Fifa. Recuperado de forte gripe, Dembélé entrou aos 33 minutos e pouco fez.
Marquinhos, em noite infeliz, ainda teve a chance para assegurar o título no último lance do tempo normal. Só que o zagueiro, desacostumado aos gestos de um centroavante, afastou a bola ao tentar empurrá-la para a rede.
Na prorrogação, o PSG encurralou o Flamengo, principalmente nos últimos minutos. Chegou com poucos passes ao ataque, mas exagerou no refino e no preciosismo. A equipe francesa fez escolhas erradas no momento de concluir seus ataques. Em vez de finalizar, a equipe francesa trocou passes demais perto da área e dentro da área. Sorte a dos europeus que Safonov estava em noite inspiradíssima. (ESTADÃO CONTEÚDO)