Lucas Moura, meia-atacante do São Paulo, foi uma das lideranças no movimento contra o gramado sintético no futebol brasileiro, iniciado pelos atletas nesta semana. Além dele, outros dois nomes amplificaram o posicionamento, por meio de postagens nas redes sociais: Neymar e Thiago Silva, ex-companheiros do atacante do São Paulo no período em que atuaram no Paris Saint-Germain. Partiu deles as primeiras movimentações, que visam proibir o campo artificial no futebol brasileiro.
“Vimos torcedores falando que é frescura da nossa parte, mas não. Não é à toa que as maiores ligas não usam, vários jogadores falaram que não jogam. É outro esporte. Existe o futsal, que eu sou apaixonado, existe o futebol de areia, que é muito legal, o fut7, que é muito legal, e existe o futebol de campo, que é o que a gente pratica. São completamente diferentes”, pontuou o atacante do São Paulo. “Por mais que tenha gramado sintético de altíssima qualidade, nunca vai ser igual ao natural.”
Ele afirma que já abordou o assunto no ano passado. “E depois da chegada do Thiago Silva e agora do Neymar, conversei com eles e resolvemos criar esse movimento. Entramos em contato com jogadores de outras equipes, espalhamos nas nossas equipes e muita gente aderiu”, contou o atacante.
Além do trio, Gabigol, Philippe Coutinho, Dudu, Memphis Depay, Yuri Alberto, Rodrigo Garro, Bruno Henrique, Alan Patrick, entre outros, se posicionaram contra o gramado sintético. Isso acontece às vésperas da Série A, onde será definido o regulamento da competição neste ano.
“Para deixar bem claro, o nosso posicionamento não é ataque contra nenhum time que tem gramado sintético, contra nenhuma instituição e nenhuma empresa que produz a grama sintética. A nossa reclamação é totalmente técnica”, reiterou Lucas. Na Série A, dois clubes utilizam o campo em seus estádios: Palmeiras (Allianz Parque) e Botafogo (Nilton Santos). O Atlético-MG também está próximo de adotar o sintético na Arena MRV.