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Governo destina R$ 475,5 bi para agricultura empresarial e familiar

Da Redação

| Edição de 03 de julho de 2024 | Atualizado em 03 de julho de 2024
Brasília (DF), 03/07/2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 03/07/2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta quarta-feira o novo Plano Safra, voltado para o ciclo de produção 2024/2025. O valor do pacote para financiar a produção agrícola é recorde: acima de R$ 475,5 bilhões, conforme já anunciado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. 

Assim como na última safra, o novo plano foi dividido em dois. O primeiro, elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, é o mais tradicional e robusto, voltado para financiar a agricultura empresarial (médios e grandes produtores), somando recursos de R$ 400,59 bilhões. Deste total, R$ 293,9 bilhões serão para custeio e R$ 106,7 bilhões para investimentos.

Já o segundo plano trata dos agricultores familiares e corresponde a investimentos de R$ 74,98 bilhões, um aumento de 6,2% em relação à safra passada, através do Programa Nacional da Agricultura Familiar (pronaf). O plano foi elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

No total, o Plano Safra pode alcançar R$ 508,5 bilhões somando mais R$ 108 bilhões de incentivos complementares através de Letras de Crédito do Agronegócio. 

As taxas de juros para custeio e comercialização são de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% ao ano e 12%, de acordo com cada programa.

“O plano safra exuberante pode não ser tudo que a gente precisa, mas é o melhor que a gente pode fazer”, disse Lula em discurso durante o evento no Palácio do Planalto para anunciar o Plano Safra da Agricultura Familiar. O presidente garantiu que o governo vai cuidar para que os produtores não tenham prejuízo e disse que é preciso incentivar a produção para reduzir a inflação dos alimentos.

“Os preços dos alimentos aumentam em função de determinadas intempéries, quando tem seca, quando chove demais. Então, a gente tem que incentivar as pessoas a plantarem o máximo possível e garantir que, na hora da colheita, a gente não vai deixar eles terem prejuízo porque plantaram demais. O governo tem que garantir um pagamento correto para que as pessoas possam fazer seus produtos chegarem no supermercado”, disse Lula.

“Se a gente fizer isso, se a gente comprar as máquinas, produzir mais leite, mais queijo, plantar mais tomate, mais pepino, mais chuchu, não vai ter inflação de alimento. A inflação de alimento ela se dá quando a gente produz menos do que a demanda, que começa a ter escassez no supermercado e aí cada pessoa pede o preço que quiser.