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Vaticano anuncia funeral do Papa Francisco para próximo sábado

Da Redação

| Edição de 22 de abril de 2025 | Atualizado em 22 de abril de 2025

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Ofuneral do Papa Francisco foi marcado para sábado (26), às 5 horas (horário de Brasília), na Praça de São Pedro, antes do sepultamento no mesmo dia na basílica Santa Maria Maggiore de Roma, informou ontem o Vaticano. A confirmação das datas aconteceu durante encontro de cardeais para definir os detalhes dos atos fúnebres, que vão mobilizar autoridades religiosas e civis de todo o mundo.

Jorge Bergoglio , o Papa Francisco morreu na segunda-feira (21), aos 88 anos, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) e colapso cardiocirculatório. Ele estava se recuperando em seu apartamento, após cinco semanas internado com pneumonia.

A morte do sumo pontídice repercutiu mundialmente. Desde a escolha de seu nome como pontífice, o argentino deixou clara a posição em prol dos necessitados e das massas. Francisco não se esquivou de temas polêmicos e atuais, como a questão migratória, as mudanças climáticas e a distribuição de renda. Entre suas frases memoráveis, conclamou: “Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos”. Em sua última mensagem, na Páscoa deste ano, Francisco ergueu sua voz contra a guerra e a miséria em Gaza.

O corpo do pontífice será transferido para a Basílica de São Pedro na quarta-feira (23), para que os fiéis possam prestar suas homenagens, e ficará em câmara funerária até seu funeral a ser realizado no sábado.

O rito de sepultamento será antecedido por procissão que sairá para a Praça de São Pedro e entrará na Basílica do Vaticano pela porta central. No Altar da Confissão, o cardeal camerlengo presidirá a Liturgia da Palavra, ao final da qual terão início as visitas ao corpo do papa.

O corpo do sumo pontífice será levado, posteriormente, para a Basílica de Santa Maria Maggiore para o seu sepultamento. Humilde em vida, Papa Francisco também o será na morte. O local do sepultamento foi deixado em testamento. Sua escolha – que foge a tradição do Vaticano, de sepultar os papas na cripta vaticana - se deve à devoção à Virgem Maria, a quem dedicou sua vida, e que desejava um nicho simples nesse templo. No testamento, ele também solicita que seus restos repousem em um nicho discreto: “O túmulo deve estar no chão, ser simples, sem nenhuma decoração especial e conter apenas a inscrição: Franciscus”, escreveu.

VIAGEM

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiou as viagens que estavam previstas para Rondônia e Pará nesta semana para poder participar do funeral do papa Francisco. A perspectiva é de que o chefe do Executivo embarque para Roma na noite de quinta-feira, 24, segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre; da Câmara dos Deputados, Hugo Motta; e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, deverão acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Itália para participar do velório do papa Francisco. O Palácio do Planalto disse que os três foram convidados e indicaram que iriam aceitar.

Cardeal que atuou em Apucarana participa do conclave

Após os rituais do velório e sepultamento do papa, o Vaticano passa por um período de luto de nove dias, quando convoca o Colégio Cardinalício. Os cardeais ficam instalados na Casa Santa Marta. É o mesmo local onde Jorge Mario Bergoglio decidiu viver, ao renunciar ao apartamento papal no Palácio Apostólico.

O Colégio de Cardeais do Vaticano, responsável por eleger o sucessor papa Francisco, é composto por 252 integrantes, dos quais oito são brasileiros. Um deles, Dom Braz de Aviz, foi ordenado presbítero e bispo em Apucarana. Outro, Dom Raymundo Damasceno Assis, de 88 anos, arcebispo emérito de Aparecida do Norte, não poderá votar.

Pelas regras do Vaticano, os cardeais com mais de 80 anos de idade não têm direito a voto no conclave, embora participem do processo de escolha e possam receber eleitos. Desta forma, 252 cardeais estão aptos a ocupar o posto de líder máximo da Igreja Católica, mas apenas 135 podem votar.

Os brasileiros votantes são os cardeais: Paulo Cezar Costa; Sérgio da Rocha; Odilo Pedro Scherer; Jaime Spengler; Leonardo Ulrich Steiner; Orani João Tempesta e João Braz de Aviz.

Nascido em Santa Catarina, Dom Braz tornou-se presbítero na Catedral de Apucarana, em 1972. Foi eleito bispo auxiliar de Vitória, em 1994, quando recebeu em Apucarana a ordenação episcopal. É o atual prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano e arcebispo emérito de Brasília.