Avançou na Assembleia Legislativa do Paraná a proposta do Governo para ampliar o Programa Colégios Cívico-Militares às escolas de educação em tempo integral. O projeto de lei 937/2025 altera a Lei nº 21.327/2022, que instituiu o programa no Estado.
Sob debates, o texto foi aprovado em primeiro turno com 38 votos favoráveis e 8 contrários - dos deputados da bancada de oposição - na sessão de ontem – o requerimento para adiar a apreciação foi derrubado por 36 a 10. A proposição recebeu emendas na sessão extraordinária, retornando à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde as dez alterações apresentadas por parlamentares da Oposição foram acatadas em reunião extra do colegiado no fim da tarde.
Parlamentares se manifestaram de maneira distinta à proposta. Na tribuna, o deputado Goura (PDT) criticou a iniciativa, definindo o lugar dos militares em ações de segurança e indicando uma possível judicialização para reverter a medida, caso o projeto se torne lei. Segundo a deputada Ana Júlia (PT), nenhuma das escolas cívico-militares está entre as melhores no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), citando uma lista das dez primeiras colocadas, que inclui colégios com o modelo regular.
Líder do Governo, o deputado Hussein Bakri (PSD) destacou que o sistema é democrático, votado pela comunidade escolar. Para o deputado Tito Barichello (União), a aprovação representa “uma vitória da Assembleia, da sociedade, com alunos obedientes e pais satisfeitos”. Já o deputado Marcio Pacheco (PP) ressaltou que o Governo melhorou o programa aprovado no Parlamento.
As dez emendas ao PL 937/2025 apresentadas pelos deputados da Oposição foram acatadas na CCJ. Elas tratam de temas como gestão democrática, responsabilidade orçamentária e preservação das especificidades das escolas do campo.