A Câmara de Apucarana realizou sessão ordinária na tarde desta segunda-feira sem nenhuma pauta de projetos ou requerimentos na ordem do dia. A sessão teve dois momentos distintos: a entrega de Moção de Aplausos à equipe da Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24 horas e uma explanação do Macone (Movimento Apucaranense da Consciência Negra) sobre o Dia Nacional da Consciência Negra comemorado neste dia 20, agora decretado feriado em todo o País.
A Moção de Aplausos à UPA, de autoria dos vereadores Marcos da Vila Reis (PP) e Franciley Preto Godói Poim (PSD), foi aprovada ainda em outubro de 2021, por ocasião da pandemia da Covid-19, que começou em 2019 e continuou assustando o País e o mundo com muitas mortes. A UPA foi representada pelo seu diretor clínico Luiz Henrique Belini, que agradeceu a homenagem em nome de toda a equipe.
Segundo Marcos da Vila Reis, o objetivo da moção, na época, era reconhecer o trabalho da equipe de profissionais e demais pessoal de apoio da unidade. Ele assinala que foi um período em que a Covid, uma doença ainda desconhecida, avançou bastante causando pânico na população. “Enquanto o comércio, igrejas e repartições públicas, entre outros estabelecimentos, fecharam as portas para prevenção ao vírus, a equipe da UPA ficou de prontidão atendendo aos casos dia e noite. Os profissionais da UPA colocaram em risco a própria vida e de seus familiares para salvar as pessoas acometidas”, disse.
“A Covid foi uma verdadeira desgraça que se abateu sobre a humanidade, nós passamos por uma coisa que nunca esperávamos passar”, lembrou o presidente da Câmara, Luciano Molina (Agir). Ele citou um lema do corpo de bombeiros que diz “por uma vida todo sacrifício é dever”, para destacar o risco de vida que os funcionários da UPA tiveram ao tratar de uma doença que na época ninguém sabia o que era.
CONSCIÊNCIA NEGRA
Sobre o Dia Nacional da Consciência Negra falou o novo diretor geral do Macone, Paulo Sérgio Rodrigues Pesce, que também é coordenador da Central Geral dos Movimentos Populares do Paraná. Segundo ele, embora muitos reclamam de mais um feriado nacional, este do dia 20 é muito importante para reverenciar uma etnia que deixou seu sangue derramado de norte a sul deste país. “É uma etnia que continua na periferia desta nação com uma subcidadania”, afirmou.
“Quando pedimos este feriado foi para que a pátria reflita sobre si mesma, sobre suas mazelas, sobre o machismo, o racismo e a xenofobia”, explicou.